Graças a uma parceria entre o Governo Federal, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” – Funap e a Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, o sistema penitenciário paulista terá este ano 4.494 vagas em mais de 40 cursos profissionalizantes.
O convênio com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, possibilitou o investimento e a previsão é que as aulas comecem ainda neste mês de maio e tenham sequência até o final do ano.
O planejamento estratégico foi pensado para atender as necessidades de cada região de São Paulo, totalizando 41 cursos para aumentar as chances de inserção dos reeducandos no mercado de trabalho (veja lista completa no final do texto).
Os cursos serão de responsabilidade do Centro Paula Souza, instituição do Governo do Estado de São Paulo que possui quase 50 anos de experiência em capacitação profissional. Durante o biênio 2016/2017, desta vez em parceria com o Instituto Federal Sul de Minas, foram ofertados 10 cursos diferentes que geraram 1.394 atendimentos no sistema penitenciário.
Os cursos fazem parte da Formação Profissional do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania – “De Olho no Futuro”, política pública da SAP desenvolvida e aplicada pela Funap dentro do sistema penitenciário desde 2013. A meta é proporcionar capacitação do indivíduo preso para as relações sociais e de trabalho na sociedade.
O diretor adjunto de Atendimento e Promoção Humana da Funap, Antônio Marcos Hidalgo, ressalta o esforço das partes envolvidas no processo para concretizar a parceria “É uma articulação que envolve vários atores, muitas pessoas comprometidas com a atividade. E esse trabalho conjunto será fundamental também para a aplicação dos cursos no interior das unidades, oportunidade cada vez mais necessária para a população prisional”, disse Hidalgo.
Este tipo de investimento é uma das saídas mais importantes para o sistema penitenciário, acredita a diretora executiva da Funap, Lúcia Maria Casali de Oliveira.
“A oferta de educação social e profissionalizante para as pessoas privadas de liberdade é o caminho, não há outra maneira senão pelas práticas que garantam a possibilidade de uma ressocialização plena e sustentável. Uma política pública que observe os desafios da vida do egresso em nossa sociedade, regida pelo trabalho e pelas relações sociais”, completou Lúcia.
Confira a lista de cursos prevista para 2018:
Agente de Alimentação Escola
Agricultor Agroflorestal
Ajudante de Obras
Aplicador de Revestimento Cerâmico
Artesão de Biojóias
Artesão em Bordado a Mão
Artesão em Pintura de Tecido
Assistente Administrativo
Atendente de Lanchonete
Auxiliar de Cozinha
Balconista de Farmácia
Barbeiro
Cabeleireiro
Camareira em Meios de Hospedagem
Cartonageiro a Mão
Confeiteiro
Costureiro de Calçados
Costureiro de Máquina Reta e Overloque
Cozinheira
Cozinheiro Industrial
Cuidador de Idoso
Eletricista Instalador Predial/de Baixa Tensão
Encanador Instalador Predial
Horticultor Orgânico
Instalador Hidráulico Residencial
Jardineiro
Manicure e Pedicure
Maquiador
Montador e Reparador de Computadores
Operador de Computador
Operador de Telemarketing
Organizador de Eventos
Padeiro
Pedreiro Alvenaria
Pedreiro em Revestimento
Pedreiro em Revestimento e Argamassa
Pintor de Obras Imobiliárias
Recepcionista
Salgadeiro
Vendedor
Viveiricultor
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