A vitrine da estação Trianon-Masp, da Linha 2-Verde, recebe duas imagens fotográficas da exposição Maria Auxiliadora: vida cotidiana e resistência. Com a marca de 130 anos da Lei Áurea, a pintora mineira, que ganhou espaço na capital paulista, ficou reconhecida por obras voltadas para tradições culturais e religiosas afro-brasileiras.
Autodidata, Maria Auxiliadora da Silva tinha um traço genuíno e bastante marcante. Começou a desenhar com carvão e logo aprendeu a fazer pintura a óleo. A artista desenvolveu uma técnica pessoal, misturando massa de poliéster com o próprio cabelo, criando diferentes texturas em suas obras.
Cerca de 70 obras estão expostas no Museu de Arte de São Paulo (MASP). A mostra completa integra um projeto amplo de exposições, palestras e oficinas que acontecem no museu este ano. Até o dia 30 de abril, os usuários poderão conferir na estação um pequeno pedaço do trabalho da pintora.
Programação Cultural no Metrô
Em abril, exposições fotográficas, pinturas em tela e artesanato são novas atrações culturais expostas nas estações do Metrô de São Paulo. A iniciativa faz parte da Linha da Cultura, um projeto que leva diferentes expressões artísticas aos usuários da rede metroviária.
Além da mostra de Maria Auxiliadora, que é um pequeno acervo do que está sendo exibido no MASP, a estação São Bento (Linha 1-Azul) recebe, no próximo dia 10, artesanatos que homenageiam a cultura do japonesa em celebração dos 110 anos da imigração no Brasil.
No mesmo dia, a Estação República (Linha 3-Vermelha) apresentará uma exposição fotográfica “Belezas da Hungria”. A mostra reúne imagens de paisagens naturais do país, como o Lago Balaton e a Curva de Danúbio, além da capital, Budapeste.
Ainda na Linha 3, os usuários que passarem pela Estação Santa Cecília poderão apreciar as obras do artista plástico gaúcho Clóvis Camargo Machado. A exposição “Reflexivo”, que ficará na área de exposições entre 10 e 30 de abril, apresenta 25 obras de pintura a óleo e três esculturas.
A mostra tem como característica principal o contraste entre ambientes coloridos e personagens introspectivos. “Minhas telas possuem a tristeza dos sentimentos e a alegria dos tons”, revela o artista que se inspira na arte urbana e em nomes consagrados como Lasar Segall e Roberto Magalhães.
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