Fusões e aquisições: entenda a diferença entre esses dois conceitos

Os processos de fusões e aquisições são essenciais para as médias e grandes empresas que desejam ampliar seu mercado, ter um diferencial no seu segmento de atuação, buscar vantagem competitiva ou sinergia empresarial.

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São formas de solucionar questões relacionadas ao desenvolvimento do mercado, sendo uma oportunidade de dar continuidade e crescimento para essas empresas.

No Brasil, esses processos tiveram um grande crescimento nos últimos anos. Alguns dos principais motivos para isso acontecer estão ligados à descentralização de mercados locais e ao crescimento dos externos, além de estarem relacionados às tendências internacionais que fazem aumentar a associação de empresas estrangeiras e brasileiras.

Mas antes de entendermos o que é uma fusão e uma aquisição no mundo empresarial, é necessário conhecer as principais diferenças entre esses dois conceitos. Por isso, separamos a seguir alguns tópicos que você precisa saber sobre o assunto. Acompanhe!

Diferenças entre fusão e aquisição
Os termos fusão e aquisição são muitas vezes utilizados como sinônimos, contudo os processos são diferentes e têm resultados diversos.

Em uma fusão, 2 empresas distintas (geralmente com porte similares) fazem permuta de ações, dando origem a um negócio novo. Ou seja, fusão é a união de 1 ou mais corporação. Essas organizações deixam de existir juridicamente e dão origem a uma terceira, com nova identidade.

Já no caso de aquisição, uma empresa compra a outra ao adquirir suas ações, ou até mesmo parte delas. Após essa negociação, o empreendimento é integrado às operações da compradora. Neste processo, existe a possibilidade de a organização adquirida deixar de existir.

Em uma fusão, é recorrente que as envolvidas possuam atuação em comum. É o caso de empresas do mesmo segmento que decidem se fundir para criar um negócio de grande porte e mais sólido.

Já na aquisição essa não é, via de regra, uma tendência. A organização que foi comprada pode ou não fazer parte do mesmo segmento de negócio da adquirente. Seguindo esse raciocínio, uma aquisição pode ter fins estratégicos, com o objetivo de atuar em novos departamentos e que podem apresentar afinidade com a empresa compradora.

A partir dessas definições, podemos de reforçar algumas distinções entre os 2 conceitos:

Em uma fusão seguida de uma consolidação surge uma nova empresa. Já no caso da aquisição, uma das organizações envolvidas mantém a sua identidade jurídica.
Na fusão, as empresas geralmente são de segmentos afins, enquanto nas aquisições são de segmentos diferentes.
Na fusão, a forma do pagamento é por meio de uma permuta de ações. Já na aquisição, a forma de pagamento pode acontecer com títulos, dinheiro ou ações.
Cenário brasileiro para fusões e aquisições
Como já comentamos, o número de fusões e aquisições no Brasil está crescendo. A privatização e o aumento da competitividade internacional favoreceram esse cenário, ao lado das inovações tecnológicas dos últimos tempos. Assim, as chamadas empresas familiares passaram a se adaptar a esta nova realidade econômica.

É importante lembrar que fusões e aquisições também são formas de solucionar questões relacionadas ao desenvolvimento do mercado, sendo uma oportunidade de dar continuidade e crescimento para essas empresas.

Assim, esses processos podem levar ao aumento competitivo dos envolvidos, produzindo mais com um custo médio menor. Contudo, dependendo do mercado, pode ser ruim apostar nessas estratégias por conta da diminuição de concorrência, o que prejudica o consumidor, que fica sem opção de preços de produtos e serviços.

O que verificar ao fazer uma fusão e aquisição
Para que um processo de fusão ou de aquisição seja seguro é fundamental que haja uma verificação dos negócios que são objetos da operação. No caso das fusões, por exemplo, é preciso que as duas organizações envolvidas tenham condições de colaborar para o crescimento e desenvolvimento do novo negócio que será criado.

Tanto para a fusão quanto para a aquisição é importante avaliar:

o tempo de atuação e posicionamento no mercado;
a carteira de clientes;
a cultura organizacional;
o capital humano.
Esse tipo de avaliação é essencial para que o processo seja efetivamente vantajoso para todas as partes envolvidas, gerando resultados promissores em longo prazo.

Em uma fusão, esse estudo assegura que as 2 organizações tenham vantagem competitiva. Já na aquisição, essa avaliação deve ser ainda mais criteriosa para garantir que a compra da empresa realmente trará os resultados esperados.

Como os processos acontecem
Em uma fusão, o processo acorre de forma similar para as 2 empresas. Nesses casos, ambas as partes precisam fazer uma avaliação uma da outra e estudar quais serão os possíveis impactos no mercado. Também é preciso planejar os processos internos de cada uma delas, de forma que a transição seja realizada sem prejuízos para os stakeholders.

Nesse sentido, contratos são fundamentais para assegurar a eficiência da operação, pois evitarão complicações legais ou questões relacionadas à falta de resultados em médio e longo prazo.

Já para a aquisição, o procedimento se distingue entre quem compra e quem vende. Quem quer adquirir precisa realizar uma proposta que seja coerente com o cenário mercadológico da empresa.

Para a organização que vai comprar é preciso realizar uma avaliação de proposta confrontando a situação atual da empresa. Também é preciso fazer uma análise da situação real da organização. Para isso, é válido contratar uma consultoria independente, sem ligação com as envolvidas, de modo a se conseguir dados baseados em fatos estatísticos e mensuráveis.

Além disso, é necessário planejar a estrutura da nova empresa. Em um processo de fusão, as 2 organizações podem dividir a direção do negócio. Os deveres de cada parte, geralmente, constam em contrato.

Já em um processo de aquisição, a responsabilidade da organização que é comprada se encerra uma vez que o negócio é fechado e a venda concretizada. Após o contrato assinado, a administração e o cumprimento de responsabilidades, bem como aquelas assumidas contratualmente, passam a ser função do adquirente. Mas considerando que passivos ainda podem ficar sob a responsabilidade dos antigos responsáveis legais da empresa adquirida.

Viu como não é difícil diferenciar fusões e aquisições? Cada processo tem suas particularidades e finalidades e compreender o conceito de ambos é fundamental se você atua no mundo dos negócios.

Website: http://www.penseinvestimentos.com.br/fusoes-e-aquisicoes-entenda-a-diferenca-entre-esses-dois-conceitos/

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