Projeto Guri promove iniciação musical infanto-juvenil e vai além

Programa da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo oferece formação cultural e inclusão social com diversos cursos gratuitos

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Vinculado à Secretaria de Cultura, Projeto Guri possui 384 polos espalhados pelo Estado de São Paulo
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Conhecido por oferecer cursos de iniciação musical a crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade, o Projeto Guri, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, criado em 1995, é um programa de formação cultural e inclusão social que se desenvolve no território paulista e dispõe de diferentes cursos de teoria musical, coral e instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão, além de oferecer, gratuitamente, materiais didáticos e instrumentos musicais que garantem melhor instrução e preparação dos alunos.

Periodicamente, eles também participam de apresentações públicas e festivais de música. No Guri, as aulas acontecem no contra turno escolar. O único requisito para a inscrição é a comprovação de frequência regular na escola.

“Os repertórios dos grupos infantis e juvenis são desenvolvidos especificamente para cada grupo, respeitando-se sempre o nível técnico dos alunos e alunas que passaram na seleção para a temporada. Além de obras e arranjos do repertório tradicional e contemporâneo, são encomendadas peças e arranjos inéditos para todas as formações vocais e instrumentais. É uma maneira de fomentar a produção musical para os públicos infantil e juvenil, dando oportunidade para os alunos realizarem estreias de obras e trabalharem em parceria com os compositores e arranjadores”, explica a gestora pedagógica dos polos do Projeto Guri na capital, Giuliana Frozoni.

Em 2017, a Secretaria de Cultura investiu R$ 92,1 milhões no Guri para que o projeto pudesse continuar garantindo a formação musical as crianças e adolescentes que são o futuro do país. Composto por 384 polos (46 na capital e Grande São Paulo e 338 no interior, litoral e unidades da Fundação Casa), o Projeto Guri atendeu 324 mil crianças e adolescentes nos últimos anos, beneficiando-os de inúmeras maneiras.

Além de oferecer a chance de participar do projeto, ensinando teorias e práticas musicais sem nenhum custo, o Guri ainda inseriu os jovens de forma significativa no universo da música, mostrando como fazer arte com sabedoria e responsabilidade.

“O Guri me proporciona crescimento pessoal e musical, e o que eu mais gosto é de participar das apresentações musicais, interagir com os alunos. Gosto também dos encontros de bandas, entre outras coisas. No momento minha maior motivação é participar do GR, que nos dá essa experiência de tocar com uma orquestra. Futuramente, meus planos são fazer aula na Emesp e entrar para uma faculdade de música”, afirmou o ex-aluno de trombone do polo Vinhedo e atual integrante do Grupo de Referência de Jundiaí, Vinícius Ioti Rossi, 17 anos.

Para a assessora de planejamento do Projeto Guri, Marisa Gianetti, aprender a tocar um instrumento ou a cantar já é por si só um grande benefício: “Quem conhece música está dominando uma nova linguagem, ou seja, está expandindo suas possibilidades de comunicação. Além disso, a prática coletiva de música, da forma que acontece no Projeto Guri, ajuda a potencializar diversas outras características positivas do aluno. Quando o guri pratica em conjunto, aprende a respeitar diferenças, percebe os distintos papéis que cada elemento de um grupo tem no todo, aprende a ser protagonista, além de apoiar o protagonismo do outro. Há relatos de pais dos alunos e dos professores, dizendo que a concentração e atitude na escola também melhoram após a entrada no Guri. Percebemos ainda um impacto nas relações familiares: como a música é uma atividade muito associativa, os pais sentem imenso orgulho das apresentações dos filhos, o que ajuda a fortalecer os vínculos.”

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