Uma pesquisa da Accenture indica que, para não perder valor de mercado, o setor de educação, falando-se apenas da fatia de ensino superior privado, terá de gerar cerca de R$ 370 milhões de lucro econômico adicional por ano nos próximos 9 anos. Para isso, a área terá de aumentar suas receitas em aproximadamente 7,8% ao ano até 2027.
Enquanto isso, dados mostram que o que mais tem atraído a atenção de estudantes e da comunidade ligada ao meio educacional é a tecnologia, a integração de recursos tecnológicos aos processos administrativos e educacionais das escolas.
Pesquisa do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic) mostra que, em 2016, 77% dos alunos de instituições brasileiras de todos os níveis utilizaram o celular para acessar a Internet em sala de aula. Enquanto isso, só 52% das escolas do país utilizaram celulares em atividades escolares.
Porém, deste universo, 91% dos professores usaram o aparelho e a web para melhorar suas aulas. Um avanço enorme: em 2011, os professores adeptos ao smartphone em aula era de apenas 15%.
Números que demonstram que, para chegar ao aumento de receita projetado para evitar a perda de valor de mercado até 2017, as escolas terão de investir em tecnologia. O gerente da iPlace Corporativo e Educacional, maior parceiro homologado pela Apple no Brasil, Felipe Dresch, afirma: TI em sala de aula não é mais uma tendência, não é mais uma recomendação: é um imperativo para profissionais e instituições que desejem entregar aos alunos e à sociedade o que há de mais benéfico em termos de absorção de conteúdo e avanço do ensino.
“As gerações evoluíram a um ponto que o que não é permeado pela tecnologia praticamente não passa pelo cotidiano”, analisa o gestor. “Basta ver que, ao menos no que tange aos alunos, os recursos tecnológicos não saem da mochila, da bolsa, das mãos: são dispositivos e aplicativos dos mais variados que facilitam a execução de tarefas, ampliam a gama de funções, agilizam o tempo e tornam as rotinas escolares e demais práticas e divertidas”, complementa.
Tais dados não são à toa: estudos mostram que os estudantes aprendem com mais facilidade e rapidez aquilo que lhes é transmitido de forma não repetitiva, nem cansativa. Em outras palavras, como nas demais esferas de suas vidas, as novas gerações esperam novidades constantes no ambiente escolar. E a tecnologia é a resposta para esta inovação requerida.
Desta forma, equipar professores com smartphones, tablets, computadores e aplicações de software que lhes permitam tornar mais abrangente, profunda e atraente a transmissão de conteúdos às turmas, bem como facilitar e tornar mais ágeis atividades de seu dia-a-dia docente, como a correção de provas, preparação de aulas, elaboração de materiais, entre outras, é o primeiro passo para garantir um ensino de mais qualidade e melhor aceitação e absorção pelos públicos-alvo.
“É importante que os professores tenham acesso a tais tecnologias para angariar, ainda, maior empatia. É fato que o ser humano age e reage melhor em grupos junto aos quais tem relação de pertença, e é obrigação das instituições construir ambientes de ensino que instiguem isso em seus profissionais (professores, diretores, colaboradores) e em seus clientes (alunos e pais)”, comenta Dresch.
Assim, se o professor interage com o aluno utilizando dispositivos e práticas a que o estudante está acostumado, aqueles que ele normalmente considera úteis, produtivos e interessantes, certamente o resultado das aulas tenderá a ser melhor. A integração professor-aluno será maior, a recepção dos conteúdos será mais fácil e o retorno às atividades solicitadas será melhor incentivado.
“Tecnologia em sala de aula é uma ponte entre o necessário e o interessante, entre o obrigatório e o atrativo, o útil e o inovador. Um elo que deve permear os ambientes e as práticas de toda escola que almeje sucesso e competitividade”, conclui Dresch.