Com tanta novidade e inúmeros fatores influenciando de forma cada vez mais veloz a rotina em sala de aula, o debate entre especialistas, gestores e professores é muito importante para garantir que todas essas mudanças sejam, de fato, colocadas em prática. O evento Um Dia Positivo!, voltado para docentes e diretores de escolas conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino e realizado em Cuiabá, na última semana, cumpriu a missão de dialogar com quem vive a realidade escolar diariamente. Na programação, os temas das palestras estimularam a reflexão sobre a educação atual e como encontrar soluções para as situações enfrentadas pelas escolas.
Tecnologia
Um dos principais temas quando se discute inovação na educação é a tecnologia. Muitas escolas já se preocupam em buscar soluções tecnológicas que contribuam para a formação dos alunos. Segundo Leandro Henrique de Souza, consultor do Sistema Positivo de Ensino, mestre em Ciência e Gestão de Tecnologia da Informação e um dos palestrantes do evento, os colégios mais modernos já têm trabalhado para desenvolver competências como o pensamento crítico. “E a tecnologia pode ser uma aliada importante no desenvolvimento de um aluno com mais discernimento e capacidade de raciocínio”, afirma. “A tecnologia não vai substituir o professor, mas será parceira dele. Os educadores que têm certa aversão à tecnologia ainda não entenderam como ela pode ser usada em sala de aula”, destaca.
Em um país com aspectos estruturais e culturais que variam muito de uma região para outra, usar a tecnologia aliada à educação é tarefa árdua. Para Luiz Salvador Jorge da Cunha, diretor do Colégio Isaac Newton, em Cuiabá, é inquestionável que as escolas precisam avançar nesse sentido, mas fora dos grandes centros urbanos, onde a população tem maior poder aquisitivo, as limitações ainda são enormes. O Colégio Isaac Newton é um dos maiores colégios da cidade, com mais de 3 mil alunos do Berçário ao Curso Pré-Vestibular. “Estamos há algum tempo avaliando a possibilidade de investir em ferramentas e recursos tecnológicos. Imagino que a resistência dos docentes frente às novidades não será um problema porque acredito que a capacitação continuada pode fazer com que os docentes se adaptem aos novos tempos”, afirma.
A gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Milena Fiuza, ressalta que a falta de estrutura ou limitação financeira dificulta o uso da tecnologia – mas isso não deve ser motivo para deixar os avanços de lado. “Quando se tem dificuldades de acesso à internet ou a ferramentas mais modernas, é o professor que tem de ser inovador. Ele pode passar inovação com o que tem disponível”, afirma Milena. Para ela, é importante trabalhar aquilo que é pertinente ao aluno e não abordar algo só porque está no currículo. “A escola tem de pensar no aluno que quer ser médico, engenheiro ou continuar o negócio da família: o que ele precisa estudar?”, instiga. Modelos em que há menos presença da avaliação formal e sala de aula invertida têm obtido sucesso.
De acordo com Leandro Henrique de Souza, o desafio está em todas as esferas. “Os professores não nasceram nesse ambiente totalmente digital; os pais acham que se o filho não tiver livro físico, lápis e caneta em mãos, não há aprendizado; os gestores educacionais têm o recurso, mas sentem dificuldade de implantar projetos efetivos e, por fim, vários alunos também conviveram com o formato tradicional e quando se deparam com algo novo, pensam: ‘Mas não foi assim que eu sempre aprendi’. A cooperação entre gestores, professores, pais e alunos é fundamental para resolver a questão”, aponta Leandro.
Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior e mais tradicional sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversas disciplinas, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltados à educação.
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