“As máscaras do “falso eu” não tem a ver com o caráter apenas. Elas são falsas medidas de proteção que precisam ser removidas”, afirma a psicóloga Thais Thuler.
A palestra realizada em Alphaville, no final de fevereiro deste ano, iniciou com uma célebre frase de William Shakespeare: “Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma”. E a pergunta introdutória sobre a questão da identidade traz logo de cara um confronto: Quem é você? Como se tornou quem é hoje?
A jornada do verdadeiro “eu” passa por diversas facetas e muitas vezes a pessoa absorve crenças limitantes devido às experiências que recebeu ao longo da vida toda, desde a infância, e acaba reproduzindo o padrão mental de comportamento de pessoas que se tornaram “referência” ao longo de sua vida.
Dependendo do tipo de informação que se recebe o ser humano vai acumulando “crenças limitantes” que são na verdade resultado de repetições ou de experiência de forte impacto emocional.
O mapa das crenças passa pelo processo:
-Comunicação
-Pensamentos
-Sentimentos
-Crenças: limitantes ou possibilitadoras
O cérebro aprende determinados comportamentos, sejam bons ou ruins, o pensamento é como uma tempestade, formado por uma ampla rede neural. Usar a imaginação “engana” o cérebro, pois ele não sabe o que é real e o que é fantasia, por isso, é importante imaginar coisas boas e não alimentar maus pensamentos e sentimentos.
“A felicidade é interna, não é circunstancial”, esclarece a psicóloga Dra Thais Thuler.
Para remover as camadas de autoengano é necessário:
-Procurar
-Identificar
-Reconhecer
-Nomear
“As máscaras do “falso eu” não tem a ver com o caráter apenas, muitas vezes elas são medidas de proteção que se cria, porém, toda máscara precisa do outro para ter razão de existir”, afirma a psicóloga Thais Thuler.
Manifestações do “Falso Eu”
Dentre as manifestações do “Falso Eu” estão: Gula, excessos, compulsividade, inveja, ira, avareza, orgulho, luxúria, medo, mentira e preguiça. “A preguiça, por exemplo, é na verdade uma falta de propósito. Quem tem um propósito enfrenta qualquer como ou circunstância”, afirma a Dra Thais Thuler.
Como identificar estes comportamentos destrutivos e mudar? É preciso buscar a inteligência emocional. Tomar consciência, despertar para a mudança de comportamento e de pensamento, ou seja, é necessário ter um comprometimento consigo mesmo.”Escolho não me identificar com coisas ruins”, “Penso logo existo”, “Sou como me imagino”.
Para mudar o padrão de comportamento e desmascarar o “falso eu” é necessário se conectar com o verdadeiro eu e buscar a essência de quem somos. Usar metáforas fortalecedoras e pensamentos e sentimentos positivos como alegria, gratidão, paciência, empatia e paz ajudam bastante.
Sobre Thais Thuler
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