A construção civil na Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou 334 postos de trabalho no primeiro bimestre de 2018, segundo dados oficiais Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. No acumulado de janeiro e fevereiro deste ano foram admitidos 3.433 trabalhadores com carteira assinada e demitidos 3.767. Porém, os números mostram que o setor continua o processo de retomada verificado no final do ano passado, quando encerrou o ano com 24.086 contratações e 25.315 demissões, um saldo negativo de 1.229 vagas fechadas.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em sua página oficial, no acumulado de janeiro e fevereiro, dos 20 municípios que formam da RMC, dez encerraram o período com saldo positivo. Campinas teve o melhor saldo, com 109 vagas criadas, seguida por Monte Mor (66) e Jaguariúna (31). Em Engenheiro Coelho o saldo foi de zero, enquanto Morungaba não teve registro de movimentação.
Por outro lado, sete municípios encerraram o bimestre no vermelho. Sumaré lidera com 206 vagas fechadas, seguida por Americana (102), Paulínia (95) e Indaiatuba (81).
SALDO ACUMULADO NO PRIMEIRO BIMESTRE
Cidade Admissão Demissão Saldo
Americana 381 483 – 102
Artur Nogueira 32 24 08
Campinas 1.271 1.162 109
Cosmópolis 73 148 – 75
Eng. Coelho 1 1 00
Holambra 68 57 02
Hortolândia 11 9 02
Indaiatuba 275 356 – 81
Itatiba 180 172 08
Jaguariúna 113 83 31
Monte Mor 242 176 66
Nova Odessa 42 41 01
Paulínia 205 300 – 95
Santa Bárbara 110 83 27
Santo A. Posse 30 36 – 06
Sumaré 280 486 – 206
Valinhos 571 104 – 47
Vinhedo 62 48 14
Saldo 3.433 3.767 – 334
FEVEREIRO
Segundo o Caged, no mês de fevereiro os 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas admitiram 1.397 trabalhadores no setor da construção civil, e demitiram 1.917 pessoas, o que resultou em saldo 520 vagas fechadas, número inferior a dezembro do ano passado: 1.124 admissões, 1.883 demissões e, saldo de 759 vagas fechadas.
Em nove municípios houve mais demissões que admissões, seis tiveram saldo positivo e três com saldo zero (Engenheiro Coelho, Jaguariúna e Santo Antônio de Posse).
Para o presidente da Habicamp – Associação Regional da Construção de Campinas e Região, Francisco de Oliveira Lima Filho, o que se constata nos números do Caged é que o movimento de retomada do setor, verificado já no final de 2017, continua de pequena alta, mas constante. “Ainda está muito distante do que o setor deseja, mas este ritmo de crescimento deve se manter ao longo deste ano e até melhorar ainda no final deste primeiro semestre, quando serão iniciadas as obras dos empreendimentos que já estão sendo lançados nas cidades da região”, explica.
Oliveira Lima lembra que a previsão do setor da construção na RMC para 2018 é de um crescimento de 2% sobre a comparação com 2017, com retomada de lançamentos e início de novas obras habitacionais e industriais, uma vez que vários empreendimentos lançados no segundo semestre de 2017 começam a sair do chão ao longo do primeiro semestre de 2018.
Outros três pontos destacados pelo presidente da Habicamp é a reforma trabalhista, cujos efeitos no tocante à contratação começarão a ser sentidos neste ano, o aumento de recursos da Caixa Econômica Federal (CEF) para financiamento de imóveis, com um adicional de R$ 15 bilhões em todo o Brasil, e a queda das taxas de juros para financiamentos imobiliários. Isso tudo traz melhores expectativas para o setor imobiliário.