SP transfere tecnologias para outros Estados enfrentarem a seca

Equipamentos da Sabesp destinados à superação do período de estiagem auxiliam governos de outras regiões brasileiras

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O Governo de São Paulo compartilha com Estados brasileiros tecnologias ligadas à superação da crise hídrica de 2014 e 2015 em território paulista. Em 2016 e 2017, Distrito Federal Paraíba, Pernambuco e Sergipe contaram com o auxílio de equipamentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para enfrentar os períodos de seca.

Para ajudar outras unidades da Federação, São Paulo emprestou, em setembro do ano passado, dois conjuntos de bombas para ajudar a Região Metropolitana de Aracaju a passar pela época de estiagem. Na ocasião, os dois aparelhos, cada um com capacidade de bombear até 2.000 litros de água por segundo, foram cedidos pela Sabesp, por seis meses, à Companhia de Abastecimento de Sergipe.

Em agosto, a transferência de bombas e tubos foi renovada para os Estados da Paraíba e Pernambuco, de modo a combater a seca na região. Os equipamentos foram cedidos pelo Governo de São Paulo a pedido do Ministério da Integração Nacional, em dezembro de 2016.

No mês de julho de 2017, o governador Geraldo Alckmin assinou um Termo de Cessão de Uso de Equipamentos Hidráulicos da Sabesp ao Governo do Distrito Federal. O termo previa o empréstimo de três válvulas e equipamentos para conexão ao sistema de abastecimento da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal.

Infraestrutura

De acordo com o secretário de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, é fundamental implementar novas formas de infraestrutura quando se leva em conta a perspectiva de mudanças climáticas. “Nós devemos ter, em situações como a crise hídrica que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo, uma estrutura que vá além do tradicional para que, na eventualidade de uma situação extrema, possamos recorrer a ela”, destaca.

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, ressaltou a importância da garantia do abastecimento no território paulista. “Todas as pessoas têm igual direito à água e nós queremos garantir isso no Estado de São Paulo”, observa.

Passados dois anos desde o início da seca mais grave da história, a experiência mostrou que o caminho para o enfrentamento da crise se torna viável quando existem conscientização social, investimentos em infraestrutura, atuação integrada, inovação tecnológica e capacidade técnica para empreender. O período entre o fim de 2013 e setembro de 2015 foi marcado pela pior estiagem já registrada na Região Metropolitana da capital paulista.

A seca e a alta concentração humana em uma região de baixíssima disponibilidade hídrica causaram uma crise de abastecimento que só não foi pior porque o Governo do Estado agiu com ações de impacto, a população paulista compreendeu a gravidade da situação e colaborou, além da volta das chuvas, possibilitando o afastamento de uma ameaça maior aos recursos hídricos.

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