SP alavanca aumento de renda da pecuária leiteira de Lins e região

Objetivo do projeto do Governo do Estado é coordenar cadeia produtiva para ampliar produtividade e qualidade dos itens

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Para alavancar a produção leiteira na região de Lins, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento lançou o Plano Mais Leite, Mais Renda. A iniciativa do Governo do Estado pretende aumentar em até 41% o total produzido nas propriedades paulistas.

O anúncio foi realizado pelo secretário responsável pela pasta, Arnaldo Jardim, no Centro Universitário Unisalesianos de Lins, no evento que reuniu técnicos, pesquisadores, produtores e estudantes.

O objetivo do projeto é coordenar a cadeia produtiva do leite para aumentar a produtividade e a qualidade da produção, articulando ações do poder público, setores privado, produtivo e indústria, além da área de pesquisas. Atualmente, o Estado importa cerca de 70% do leite que consome.

A estimativa é ampliar, em uma década, a produção paulista de 1,77 bilhão para 2,5 bilhões de litros ao ano, o equivalente a 41% de aumento. Para isso, a produtividade deve ser elevada dos atuais 1.380 litros ao ano por vaca para 2 mil litros, com uma taxa de crescimento geométrico anual de 3,5%.

Expectativa

Município que já foi a segunda maior bacia leiteira do Estado, contando com até cinco laticínios, Lins recebeu a proposta com entusiasmo e expectativa. “O Brasil é o celeiro do mundo. Não tenho dúvida de que, a partir dessas discussões, das quais o secretário Arnaldo Jardim é o maestro, venceremos os desafios que se colocam para nós”, pontuou o vice-prefeito linense, Carlos Daher, representando o prefeito Edgar de Souza.

“Estamos usando a liderança da Secretaria de Agricultura e Abastecimento para implantar esse projeto no Estado. Nossa ideia é unir todos os parceiros da região para que eles consigam comercializar melhor esse leite”, explica o médico veterinário Carlos Pagani Neto, assistente técnico de Bovinocultura da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) da Secretaria e um dos autores do projeto.

Carlos Pagani lista, ainda, como iniciativas a serem realizadas um protocolo de boas práticas e a identificação dos gargalos na produção para saber onde o plano deve atuar com mais ênfase. “E, a partir daí, produzir um leite de melhor qualidade, com mais eficiência, principalmente no pasto”, completa.

De acordo com o secretário Arnaldo Jardim, o foco é a atuação conjunta do setor. “Temos resultados individuais. Agora, queremos resultados coletivos. Estamos pensando em aumentar a produção de leite em todo o Estado e, assim, não dá para trabalhar individualmente. É preciso entender que o laticínio e o produtor são parceiros. Quem ganha com isso é a sociedade, que terá acesso a mais leite e um alimento de melhor qualidade, como nos orienta o governador Geraldo Alckmin”, ressalta Arnaldo Jardim.

Importância

Estudos realizados sobre a bovinocultura leiteira em São Paulo demonstram que, nos últimos anos, o número de produtores de leite no Estado sofreu redução, causada pela competição com atividades agropecuárias mais lucrativas, que passaram a ocupar a área e a mão-de-obra disponíveis. A área de pastagens foi reduzida, bem como o número de vacas ordenhadas. Consequentemente, houve diminuição da produção, comercialização, renda e empregos relacionados à atividade.

A pecuária leiteira tem um papel importante na sustentabilidade das propriedades agrícolas familiares, tanto para consumo próprio, como para geração de renda. Assim, a consolidação de uma bacia leiteira pode proporcionar uma série de melhorias para a qualidade de vida das famílias e garantir a permanência delas no campo.

No entanto, para que isso aconteça, é preciso não deixar passar as oportunidades de crescimento e profissionalização da bovinocultura leiteira e dos pequenos produtores tornarem-se eficientes, colocando-se em um patamar mais elevado de produtividade, rentabilidade, qualidade e competitividade.

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