O projeto Verão no Clima 2018 teve seu encerramento marcado pela soltura de duas tartarugas verdes. Elas foram tratadas pelo pessoal do Instituto Gremar, depois de serem resgatadas após terem ingerido quantidades significativas de sacos plásticos despejados no mar.
O secretário de Meio Ambiente, Maurício Brusadin, afirmou a importância de conscientizar cada vez mais as pessoas a se responsabilizarem pelo lixo produzido nas praias para não comprometer a qualidade de vida marinha, e ainda manifestou sua preocupação com os efeitos que as mudanças climáticas estão causando. “Vamos discutir já as medidas e as adaptações para enfrentarmos essas mudanças climáticas que atingirão o litoral, como, por exemplo, o aquecimento dos oceanos”, disse.
O secretário afirmou que o Verão no Clima foi importante em vários aspectos ambientais e serviu para aproximar os 16 prefeitos do litoral paulista, parceiros no cumprimento do projeto e ainda para as discussões das demandas do litoral. Ele elogiou os esforços e o empenho de 1.800 monitores e voluntários que garantiram o sucesso do projeto.
Para a coordenadora do projeto, Malu Freire, o resultado positivo do Verão no Clima se deu graças à sociedade, que assumiu o compromisso de lutar pela limpeza das praias. “Ganhamos visibilidade nas redes sociais, abrindo espaços para todos se manifestarem, em um compromisso com a qualidade de vida e do meio ambiente. Isso é um gancho para as políticas públicas e inovação para as discussões ambientais”, observou.
No próximo dia 6 de março será realizado, na sede da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), em São Paulo, um evento de confraternização com a participação das 16 prefeituras do litoral, monitores, voluntários, ONGs, parceiros e demais envolvidos quando será realizado o balanço geral do projeto, demonstrando o total de lixo recolhido durante o projeto.
Projeto Verão No Clima 2018
O projeto foi lançado no dia 4 de janeiro e se estendeu até o Carnaval. Monitores ambientais e voluntários percorreram mais de 60 praias dos 16 municípios do litoral paulista, desenvolvendo diversas atividades como mutirões de limpeza, corridas, caminhadas, tendas temáticas e abordagens, com o objetivo de conscientizar turistas e população local sobre hábitos corretos de descarte e redução de resíduos.
Este ano o grande diferencial foi a introdução do tópico mudanças climáticas e a chamada “pegada de carbono”, – que mede a quantidade total das emissões de gases do efeito estufa (GEE) causadas direta e indiretamente por uma pessoa, organização, evento ou produto. O tema esteve presente na concepção da operação, idealizada com a preocupação de reduzir as emissões de GEE, tanto na logística de transporte, como na confecção de material de apoio.
O projeto foi criado pela SMA, com apoio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da Fundação Florestal, em especial, com apoio da Polícia Militar Ambiental, e a parceria com as prefeituras e entidades não governamentais (ONGs).
