A prática de ações culturais é sempre de grande importância para a sociedade, pois além de entretenimento, tanto para quem pratica como para quem admira, oferece também um meio eficaz de fomento à educação que, ao lado da cultura e da arte, forma a base para a construção e a evolução de uma sociedade.
Proporcionar e cultivar programas como este é um grande passo nessa direção. E é justamente esse o intuito das Fábricas de Cultura, que há anos disponibilizam, gratuitamente, atividades que garantem a iniciação artística e a formação cultural de jovens e crianças em situações de vulnerabilidade, com idades entre 8 e 21 anos.
“Um dos valores na troca cultural é o engajamento de pessoas no seu processo de formação social, na capacidade de troca, de descobertas, de se perceber enquanto indivíduo e sua relação no coletivo”, afirma Ênio Antunes, orientador artístico-pedagógico e diretor artístico dos grupos do Projeto Musicando.
Mesclando cursos regulares, atividades frequentes, exibições, shows e espetáculos, as Fábricas oferecem programações variadas em diferentes modalidades, como dança, teatro, música, circo, artes visuais, literatura e multimeios. Além de contar também com o Núcleo Luz, um grupo de dança constituído por jovens que se apresenta em diversos centros culturais da capital.
“As Fábricas oferecem cursos bons, difíceis de achar, e de graça”, comenta Guilherme Farias, 16 anos, aluno de uma das unidades do programa. “Eu posso fazer o que gosto e ainda ganhar novos amigos”, complementa Allysson Augusto, 14 anos, também aluno da Fábrica.
Instituições da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, as Fábricas de Culturas têm significativa interação com as comunidades, e com isso o atendimento ao público vem crescendo consideravelmente. Só em 2017, receberam 1.547.708 pessoas, alcançando um recorde de 11% a mais do que no ano anterior.
Ainda em 2017, houve também a formação cultural de 542.082 alunos, e tudo isso graças ao investimento de mais de R$ 66 milhões que a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo fez em favor da iniciação artística e da educação cultural da população.
“Esse alcance do social é muito importante”, declara Jefferson Mendes, mais conhecido como DJ Smokey Dee, educador do Ateliê DJ na unidade de Sapopemba. “Meu objetivo é conseguir direcionar o foco dos alunos para o sonho deles, para que não tenham contato com o mundo do crime. Tenho muito orgulho das minhas turmas”, conclui.
O programa possui 10 unidades, construídas entre os anos de 2011 e 2014, espalhadas pelas regiões norte, sul e leste de São Paulo – Capão Redondo, Itaim Paulista, Jardim São Luiz, Parque Belém, Sapopemba, Vila Curuçá, Vila Nova Cachoeirinha, Cidade Tiradentes, Brasilândia e Jaçanã. O 11º polo está sendo construído em Diadema e será a primeira Fábrica de Cultura fora da capital.
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