Após dois anos de retração no mercado varejista, 2018 parece sinalizar uma recuperação no setor, segundo índices de importantes entidades brasileiras. O empresário do ramo varejista, Rodrigo Terpins, resolveu reportar os dados para trazer mais detalhes sobre o assunto. Acompanhe.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), depois de contrações de 4,3% e 6,2%, respectivamente, em 2015 e 2016, o setor varejista fechou 2017 com alta de 2%. Já no que diz respeito ao varejo ampliado — do qual faz parte, por exemplo, o ramo de material de construção — 2017 foi fechado com alta de 4% destaca Rodrigo Terpins.
Ainda segundo os levantamentos do IBGE, no setor de vestuário e calçados o aumento das vendas foi de 5,4%; no de veículos e peças, de 3,8%; e no de móveis e eletrodomésticos, de 2,2%.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC), por sua vez, foi responsável por apurar o Índice de Intenção de consumo das Famílias (ICF), salienta o empresário. O registro foi de 87.1 pontos em fevereiro — o que significa uma elevação de 4,2% em relação a janeiro. Na comparando com o Índice de fevereiro de 2017, verificou-se um avançou 13%.
Já o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), estimou, através do Monitor PIB, que, após dois anos seguidos de retração, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1% em 2017.
Rodrigo Terpins reporta, ainda, que o volume de crédito disponível começa a dar sinais de melhora, isso por conta da redução da taxa Selic, hoje em 6,75%, e também pela queda dos níveis de inadimplência dos bancos. Segundo o Indicador Movimento do Comércio da Boa Vista SCPC, as vendas do comércio começaram 2018 próximas da estabilidade — com um saldo positivo de 0,2%.
Segundo especialistas
Para o gerente de produtos em Gestão e Comércio do Senac, Tiago Carvalho uma das consequências da melhora nos indicadores econômicos foi o aumento da confiança dos empresários, como sinalizou a pesquisa Expectativa de Vendas, elaborada pela Fecomércio MG. Rodrigo Terpins aponta que, conforme o estudo, o percentual dos participantes da sondagem que acredita em um desempenho melhor para o setor, quando comparado com a segunda metade de 2017, chega a quase 80%.
“Esse otimismo reflete o crescimento do setor, que fez novas contratações e investimentos incrementais. E também impacta o consumidor, que passa a retomar suas compras ou elevar seu potencial de consumo”, ponderou Tiago Carvalho. Ele ainda sugeriu que este é o momento de os empresários analisarem quais fatores precisam ser incorporados no seu negócio para que se tenha destaque. Pode ser o caso de apostar em infraestrutura, por exemplo, ou, então, em pessoas ou tecnologia.
O especialista em Tecnologia da Informação (TI), Cléber Piçarro, diretor da EAC Software — empresa referência em gestão de varejo — por sua vez, acentuou que “o momento é ideal para os varejistas investirem em tecnologia e inovação, como forma de sair à frente da concorrência”. Este ano, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio, as vendas podem aumentar 3,7% — “Terá sucesso quem estiver com uma operação ajustada para comandar o varejo de sua rede, com integração entre as operações”, afirmou Piçarro.
Rodrigo Terpins distingue, ainda, que para o especialista em TI, os varejistas devem priorizar uma maior capacidade de força de vendas, com um controle adequado do estoque, garantindo entregas e menores custo. Eles também precisam dar prioridade à agilidade de crédito e à velocidade de faturamento, que devem estar aliadas a uma gestão financeira automatizada e a uma administração eficiente. Estas serão medidas imprescindíveis para o novo momento do varejo no país, garantiu Cléber Piçarro.
Website: http://www.rodrigoterpins.com.br
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