Usinas adotam monitoramento por satélite no combate às queimadas

Desenvolvida pela GMG Ambiental, a plataforma de monitoramento utiliza 13 satélites, entre eles o da Nasa e o da NOAA – agência meteorológica americana, na varredura dos focos de incêndios. A Tereos, uma líder global nos mercados de açúcar, álcool, etanol e amidos, com sete unidades industriais no Brasil, é a pioneira no uso da plataforma GMG Ambiental.

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Usinas adotam monitoramento por satélite no combate às queimadas
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O setor sucroenergético encontrou na tecnologia de ponta um novo aliado no combate aos incêndios nos canaviais – o monitoramento por satélite.

Desenvolvida pela GMG Ambiental, empresa com sede em São José do Rio Preto (452 km a noroeste de São Paulo), a plataforma de monitoramento utiliza 13 satélites na varredura dos focos de incêndios, entre eles o da Nasa e o da NOAA – agência meteorológica americana.

Só para se ter uma ideia do problema, neste ano já foram registrados cerca de 400 focos no Estado de São Paulo desde janeiro, quase 100 a mais do que o mesmo período de 2017.

Os satélites informam a coordenada correta da ocorrência de incêndio num espaço de tempo de, em média, 12 minutos.  Este tempo já chegou a várias horas no passado, segundo o diretor-executivo da GMG Ambiental, Rupen Grisi Kuyumjian,.

Com isso, o tempo do deslocamento dos caminhões de combate e os brigadistas mais próximos ao incêndio diminui em até 50%. A ferramenta possibilita ainda indicar as rotas rurais que permitem melhor tráfego para se chegar ao incêndio.

Essa rapidez reduz os prejuízos na plantação e evita que áreas de preservação permanentes sejam atingidas, entre outros benefícios, diz Kuyumjian.

A plataforma GMG Ambiental também mostra indicadores meteorológicos, como a velocidade e direção do vento, a precipitação pluviométrica da área e a umidade relativa, que interferem diretamente nas queimadas.

Pioneirismo

A Tereos, uma líder global nos mercados de açúcar, álcool, etanol e amidos, com sete unidades industriais no Brasil, é a pioneira no uso da plataforma GMG Ambiental. A companhia buscava uma solução para enfrentar o grave problema dos incêndios nos canaviais.

Em contato com a GMG Ambiental, as empresas desenvolveram e implantaram o sistema de monitoramento por satélite. Hoje o sistema está aberto para o uso de todo o setor sucroenergético.

“Investimos em tecnologia para enfrentar um dos problemas mais sérios que atingem o setor sucroenergético. Os incêndios nos canaviais trazem prejuízo a toda a cadeia produtiva e impactam o meio ambiente e a população das comunidades onde atuamos”, afirmou Pierre Santoul, diretor-presidente da Tereos Açúcar & Energia Brasil. Aliada à tecnologia, a Tereos lançou recentemente uma campanha educativa para prevenção de incêndios no campo para a safra 2018/2019.

Pós-queimada

Uma das vantagens do sistema de monitoramento de satélites da GMG Ambiental está a divulgação de relatórios pós-queimadas, com informações importantes para o gerenciamento dos riscos.

Para Rupen, a credibilidade das informações possibilita que seja elaborado um cenário de inteligência. A ferramenta faz um filtro dos dados coletados e permite identificar as áreas de maior vulnerabilidade, o que ajuda no planejamento da próxima safra.

“Em toda ocorrência é disponibilizado um check list para ser preenchido. A ferramenta então faz o filtro de inteligência, onde elabora o mapa de risco e os comparativos, indicando, inclusive, a cicatriz da ocorrência.”

Com esse mapeamento, a usina identifica, por exemplo, onde devem ficar os pontos de recarga de água dos caminhões, a quantidade necessária de brigadistas, antecipa outorgas de autorização de terceiros para permitir a passagem ou entrada das equipes de combate, reforça as parcerias com os órgãos ambientais, ajuda na elaboração de campanhas de conscientização sobre prevenção das queimadas e no preenchimento dos critérios de incêndios utilizado pela Polícia Ambiental.

Queimadas

A última estimativa divulgada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) indicou uma queda de 15% – cerca de 40 milhões de toneladas – na produtividade agrícola da área colhida na safra de 2015 no Estado de São Paulo por causa das queimadas.

Atualmente, mais de 97,5% da produção paulista já é mecanizada, segundo Secretaria do Meio Ambiente. Porém, antes da mecanização, as queimadas eram utilizadas para a colheita da safra de cana-de-açúcar. Hoje, o setor luta contra os prejuízos para a safra, para a fertilidade do solo e, em especial, para o meio ambiente.

Website: http://www.gmgambiental.com.br

Website: http://www.gmgambiental.com.br
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