Guerra tecnológica mundial: ciberataques de grande porte já são realidade

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A capacidade de causar estragos dos ciberataques está crescendo rapidamente devido à enorme quantidade de dispositivos conectados na internet, principalmente pela vulnerabilidade dos sistemas de segurança e vazamentos de alto nível dentro das agências nacionais de segurança das grandes nações e instituições públicas e privadas.

Os mercados estão crescendo e a economia mundial tem demonstrado sinais de reestruturação mesmo em meio a crescente polarização entre o Ocidente e Oriente, ou seja, a ordem global está se desenrolando. Os desafios políticos do mundo no atual contexto são sem precedentes, pois às democracias liberais têm apresentado cada vez menos legitimidade em comparação a outros momentos da história contemporânea. Tudo indica que o declínio da influência dos Estados Unidos no mundo vai acelerar em 2018 e isso acontece ao mesmo tempo em que o 19º Congresso do Partido Chinês definiu o ponto virada da China na história contemporânea no âmbito da liderança geopolítica.

Esta polarização dos tempos modernos, em contrapartida ao período da Guerra Fria, onde o quesito tecnologia era praticamente stand alone, traz massivamente o risco de grandes ciberataques com efeitos mundiais. A ameaça vem tanto dos estados nação, tais como: Rússia, China, Coréia do Norte, entre outros, quanto de agentes não estatais, como, por exemplo, os Anonymous e até mesmo o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS). O perigo é ainda maior em um momento em que os direitos internacionais, a desconfiança, a infração das normas, os padrões e a arquitetura das civilizações fazem com que seja cada vez mais difícil coordenar respostas rápidas aos ataques quando ocorrerem. Nesta situação, o risco de excesso de reação é elevadíssimo, mesmo que esta seja justificada.

A capacidade de causar estragos dos ciberataques está crescendo rapidamente devido à enorme quantidade de dispositivos conectados na internet, principalmente pela vulnerabilidade dos sistemas de segurança e vazamentos de alto nível dentro das agências nacionais de segurança das grandes nações e instituições públicas e privadas. A perspectiva hoje de um ciberataque no cerne da economia é real, seja através da destruição da infraestrutura da própria internet ou através da exposição de informações que prejudiquem a credibilidade de grandes empresas que possuem operações globais, em especial as instituições do setor bancário.

Abaixo alguns números desta possível guerra tecnológica entre EUA x CHINA com base um relatório divulgados pelo Credit Suisse:

Número de usuários na internet: EUA 246 milhões x CHINA 773 milhões;
Dos 500 mais poderosos supercomputadores do mundo (2017): EUA 143 x CHINA 202;
Robôs em operações (2017): EUA 250 mil x CHINA 340 mil;
Principais startups de Inteligência Artificial: EUA 75 x CHINA 8;
Pagamentos móveis (volume em 2016): EUA 112 bilhões x CHINA 5.5 trilhões.

Porém, o ponto mais relevante em relação a uma potencial guerra tecnológica é que as empresas de tecnologia dos EUA operam globalmente, exceto em questões regulatórias dentro setores específicos. Já a China exerce grande influência sobre o setor de tecnologia através de políticas e objetivos nacionalistas.

Por Mário Mendes – Board of directors Olitel Brasil S/A , Add IT Solutions and Economic Community of West African States – ECCO BRAZIL

Website: http://www.olitel.com.br/
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