No Dia Mundial da Internet, CPS debate segurança na web

Professores do Centro Paula Souza falam da necessidade de ampliar cobertura e acesso à rede mundial; instituição oferece cursos na área

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Você já ouviu falar da síndrome FOMO? A abreviação do termo em inglês “Fear of missing out”, ou o medo de estar perdendo algo, em tradução livre, explica a angústia que sentimos ao esquecer o celular e ficar sem comunicação, ou aquela sensação ruim que temos ao constatar que a internet “caiu”, quando se perde a conexão momentaneamente.

Esses são alguns dos sintomas do tempo em que vivemos, cada vez mais conectados à rede mundial de computadores – e dependendo cada vez mais dela. Por isso, é preciso ter certos cuidados e aprender a usar bem os recursos que se multiplicam e prometem facilitar a vida dos usuários.

No Dia Mundial da Internet, comemorado nesta quinta-feira, 17 de maio, professores do Centro Paula Souza (CPS) debatem o acesso à web no Brasil, questões de segurança na navegação e o que se pode esperar de um futuro que promete ser cada vez mais digital.

Os números que mostram o acesso dos brasileiros à internet são significativos, embora ainda haja uma margem grande para crescimento desse público. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, 116 milhões de pessoas estavam conectadas à web, o equivalente a cerca de 65% da população nacional. O Google divulgou um levantamento em 2017 revelando que 86% dos brasileiros assistem a vídeos pela web e 99% buscam conteúdo no YouTube.

Com tantos acessos, aprimorar a segurança na internet passa a ser uma questão relevante. “É preciso aumentar os níveis de criptografia”, defende a professora da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Carapicuíba Magali Andreia Rossi. Por meio desse procedimento, uma mensagem transmitida pela internet é codificada de modo que apenas o emissor e o receptor tenham acesso ao seu conteúdo. É o que ocorre, por exemplo, com a transmissão de informações via WhatsApp. Magali explica que os bancos têm sistemas de controle rigorosos, mas muitas lojas online possuem apenas certificado digital, o que não dá muitas garantias aos clientes.

A professora dá dicas para navegar com mais segurança. “É importante ter um antivírus capaz de detectar os tipos mais comuns e sempre verificar a URL do site”, afirma. Ela explica que são comuns os golpes que envolvem uma página muito semelhante à de um banco ou de uma loja. “A parte visual é igual, mas o endereço do site não é exatamente o mesmo.” Por fim, Magali sugere cobrir a câmera dos notebooks com uma fita crepe, para evitar ter suas imagens gravadas por algum software.

E-mail suspeito

O docente João Carlos Lopes Fernandes, da Fatec São Caetano do Sul, lembra que nenhuma empresa solicita dados ou atualização cadastral por e-mail. “Ligue para o banco e verifique se o e-mail é verdadeiro. Não vá direto clicando no link”, alerta. Ele sugere também manter o computador atualizado e com um bom antivírus.

Para Fernandes, outro desafio para a internet no Brasil é a melhoria do acesso, da área de cobertura. “São muito comuns as reclamações sobre o fato de que você contrata um plano, mas não recebe aquilo pelo que está pagando.”

Na opinião de Magali Rossi, o futuro terá muito mais interação com os usuários da rede, por meio de recursos como holografia, realidade aumentada e realidade virtual. Com a realidade aumentada é possível que um dispositivo, como o celular, traga elementos para o mundo real, como ocorre no jogo Pokémon Go. Já na realidade virtual, uma espécie de óculos transporta o usuário para um ambiente digital. “Hoje nós recebemos as informações passivamente, mas isso tende a mudar.”

Segundo Fernandes, cada vez mais haverá serviços disponíveis na internet. “Hoje chamamos um táxi, controlamos o horário do ônibus, fazemos registro na Zona Azul, tudo pelo celular”, lembra. “A internet fará cada vez mais parte da nossa vida.” A tendência é que carros, prédios e eletrodomésticos estejam conectados à web, o que se conhece como internet das coisas.

Programação

É de olho nesse futuro que o Grupo de Formulação e Análises Curriculares (Gfac) das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) está trabalhando. Hugo Ribeiro de Oliveira, um dos responsáveis pelo eixo tecnológico de Informação e Comunicação do Gfac, explica que a tendência é que todos os profissionais tenham de aprender a programar ou, pelo menos, aprender a se comunicar com um programador para trabalhar em conjunto.

Com isso em mente, o Gfac começa a desenvolver componentes curriculares para cursos que não estão diretamente ligados à área de Informática. A ideia é que todos os alunos dos Ensinos Médio e Técnico tenham conhecimentos para trabalhar em um mundo cada vez mais digital.

Inscrições

As unidades do Centro Paula Souza oferecem diversos cursos na área de Informática. Nas Etecs é possível estudar Desenvolvimento de Sistemas, Informática, Informática para Internet, Manutenção e Suporte em Informática, Programação de Jogos Digitais, Redes de Computadores, entre outros cursos. As inscrições para o Vestibulinho podem ser feitas até 25 de maio, pelo site.

As Fatecs oferecem cursos como Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), Banco de Dados, Big Data no Agronegócio, Gestão da Tecnologia da Informação, Informática para Negócios, Jogos Digitais, Redes de Computadores, Segurança da Informação, Sistemas para Internet e Design de Mídias Digitais – este último é uma novidade do Vestibular para o segundo semestre. As inscrições para o processo seletivo das Fatecs vão até 8 de junho, pela internet. Para conhecer mais detalhadamente os cursos das Fatecs, acesse o Guia das Profissões Tecnológicas.

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