Carolinne Pinheiro, 21, da pós-graduação em Sistemas Complexos, e Jean Marinho, 21, graduando em Sistemas de Informação, ambos da USP, criaram em 2017 a We Makers Brazil, negócio social que dissemina o conhecimento em tecnologia e inovação social por um valor acessível.
Enquanto Carolinne já foi notícia com seu aplicativo Vinder, uma espécie de aplicativo de relacionamento para pessoas veganas, e seu robô auxiliar para cuidadores de idosos, Jean acumula premiações em competições de robótica.
Foi numa competição de programação que os dois tiveram a ideia de criar uma organização que pudesse suprir a demanda pelo conhecimento em tecnologia e inovação social por um valor acessível.
“Nessas competições de programação, as chamadas ‘hackathons’, os participantes são incentivados a resolver problemas da sociedade, mas na faculdade e nas escolas de programação por exemplo não somos incitados a aplicar nosso conhecimento para a causa social nem para a ambiental. Criamos a We Makers Brazil para mudar esse cenário”, dizem.
Durante os cursos, que são focados nas áreas de programação, design e negócios, as alunas e alunos são incentivados a criar projetos de cunho socioambiental. Alguns dos projetos já feitos estão as redes sociais para o Público T (travestis, transexuais e transgêneros) e para idosos, um fórum para mulheres vítimas de violência doméstica, aplicativo de mapeamento de postes sem iluminação, aplicativo para incentivar a doação de sangue, um game para demonstrar a dificuldade de deficientes físicos na Cidade de São Paulo, um robô auxiliar para cuidadores de idosos, sistemas de automação residencial de baixo custo para deficientes físicos, dentre outros.
Além dos cursos com preços acessíveis e dos projetos práticos de resolução de problemas sociais e ambientais, a We Makers Brazil proporciona formação gratuita a públicos à margem do mercado de trabalho. “Hoje o público que mais participa dos nossos cursos, workshops e eventos é formado por universitários e universitárias, mas já tivemos turmas específicas apenas para mulheres e público T”, afirmam.
Com apenas 3 meses de existência, o negócio social já carrega a marca de ter formado mais de 400 pessoas. Embora os cursos aconteçam de forma presencial em São Paulo, os jovens também apostam no ensino a distância. “O grande diferencial dos nossos cursos a distância é que não são aulas gravadas, e sim aulas que acontecem ao vivo, em tempo real, e as pessoas interagem como se estivessem num curso presencial”, completam. Para os próximos meses os jovens trabalham num projeto de formação e inserção no mercado de trabalho voltado para os imigrantes refugiados. “Pretendemos alcançar novos públicos à medida que formos crescendo. Começamos em duas pessoas, hoje já somos em quatro. Crescemos cem por cento!”, brinca Carolinne.
Para conhecer a We Makers Brazil basta acessar o site: www.wemakersbrazil.com.br, ou a página no Facebook: www.facebook.com/wemakersbrazil.
Website: http://www.wemakersbrazil.com.br