Claudio Riccioppo, atualmente gerente de carreiras e especialista em apoio a recolocação profissional da Ricci Assessoria de carreira, passa dicas infalíveis de como apresentar um currículo de forma profissional e técnicas atuais para chamar a atenção dos recrutadores no curso dos processos seletivos
“Hoje não há espaço para um material curricular bonzinho, ou você é competitivo e possui um material high performance ou prepare boas desculpas para seu 2018″.
* No cabeçalho, evite colocar dados pessoais como RG… CPF… Certificado de reservista… Esses dados não servem de absolutamente nada durante a análise do seu currículo, mas poderá ser de grande validade nas mãos de pessoas erradas que queiram com seus dados ganhar indevidamente, para que possa entender, apenas com o número de seu CPF, nome todo e filiação já é possível pedir um número telefônico.
* Da mesma forma que existem dados que não somam em absolutamente em nada no curso da seleção curricular conforme relatado acima, existem outros que farão total diferença e muitas das vezes são esquecidos, por exemplo , por inúmeras vezes tentei contato com os números do candidato e este esqueceu de colocar um digito, ou fez o inverso, escrevendo rapidamente colocou um digito a mais o que faria com que o currículo escolhido pudesse não ser convidado para a entrevista por um mero detalhe mas de suma importância.
* Um erro muito comum é o candidato não separar um e-mail profissional para colocar no currículo, e-mails como: sedentadevontade@… ou aiseeutepego@… Não são nada difíceis de serem encontrados no currículo, conheço recrutadores que param de ler o currículo na hora quando visualizam este tipo de falta de bom senso por parte do candidato, pois pensam “Se este é o zelo que ele faz da sua apresentação profissional, como apresentará a empresa?” É de sua importância que o candidato entenda que não haverá uma segunda chance para tentar causar uma boa primeira impressão.
* Fotos… Este são os maiores vilões dos candidatos, fotos em churrascos onde o candidato se apresenta sem camisa e envolta de amigos, fotos na praia de sunga, fotos de boné e óculos escuros na porta da boate… Elas existem! E não são poucas! É supercomum você encontrar candidatos que não entendem a diferença entre foto de currículo profissional para apresentar em uma vaga de emprego e foto de Facebook, aliás isso faz-se visível também nas entrevistas de emprego quando os candidatos se apresentam bonitos para uma noite na boate mas totalmente inadequados para a apresentação em um processo seletivo ou entrevista de emprego, mas isso é assunto para o próximo texto.
* Apresente seu objetivo profissional de forma clara no início do currículo e lembre-se: Quem faz tudo não faz nada bem. Digo isso pois é comum encontrar objetivos administrativo, financeiro, contábil, comercial e operacional na mesma pessoa, ora… A não ser que esse candidato possua 5 graduações diferentes e uma farta experiência multidiciplinar essa pretensão é incompatível com a enorme maioria das pessoas, se acredita estar apto para tudo isso ok… Prepare 5 currículos diferentes e faça a prospecção de forma separada a fim de atacar cada uma delas com um material especializado.
* Sua pretensão profissional deve ter o mínimo de ligação com a sua trajetória, ou seja, não adianta você ter sido analista fiscal, supervisor fiscal, coordenador fiscal, gerente fiscal e agora você acabou de fazer um curso de mídias sociais e resolve ser gestor de mídias sociais, você pode até querer trabalhar com mídias sociais e se reinventar mas terá que se reestruturar financeiramente para começar de baixo em uma nova profissão já que não é nada comum você iniciar em uma atividade já com status de gerente ou diretor em nenhuma empresa.
* Com o atual número do desemprego, alguns profissionais mais seniores estão permitindo-se uma nova realidade financeira, abaixando sua pretensão drasticamente e até mesmo omitindo seu último salário real para não assustar o recrutador, até aí entendo perfeitamente a estratégia de dar um passo atrás em busca de amanhã dar dois à frente, mas não concordo com retirar cursos de formação específicos para a função buscada a fim de aparentar menor conteúdo intelectual, ora… Autoboicote nunca será positivo, além disso um bom recrutador entende seu nível intelectual e profissional sem precisar ter se quer seu currículo em mãos, não tente ser mais esperto que o entrevistador, ele em boa parte dos casos faz isso o dia inteiro e é especialista em identificar essas coisas, seja o mais verdadeiro possível por mais que isso possa te aparentar inicialmente prejuízo, existem tantos “espertos” que a sinceridade e honestidade hoje é um diferencial que não deveria, mas chama atenção.
* Se você está na dúvida entre colocar ou não suas atividades quando fora da CLT eu recomendo que sim, toda a experiência por mais que informal é importante (desde que ligada ao cargo preterido), se importante foram os resultados obtidos e as atividades desenvolvidas não há motivo para retira-la do currículo, apenas busque algo que possa sustentar a validade das informações apresentadas caso o recrutador queira ir mais a fundo no assunto.
* Currículos amassados, molhados, dobradinhos… Já mostra descaso para com a minha oportunidade ou no mínimo desleixo do candidato, este tipo de profissional não serve para nenhum tipo de vaga que conheço.
* Antes de entregar seu currículo versão final a alguém leia o mesmo umas três vezes buscando erros, quando achar que não há qualquer detalhe a reparar peça o mesmo para mais duas ou três pessoas, isso fará com que o que possa ter passado aos seus olhos não apareça aos olhos do recrutador podendo ser anteriormente corrigido e aumentando sua performance de resultados.