Diferente do que ocorre em situações envolvendo projetos de reforma de edificações, desenvolvidas e geridas por profissionais habilitados, em residências e pequenos estabelecimentos comerciais, os projetos são coordenados diretamente pelo proprietário do imóvel, que normalmente é uma pessoa não especializada e sem conhecimento técnico específico. Em muitos casos é ele que define as diretrizes e as repassa para um eletricista a execução da reforma.
Nesse contexto de reforma de sistemas elétricos, seja para alteração da rede, substituição de equipamentos, não se faz projetos que normalmente incorporam toda a arquitetura da rede, e suas especificações como no caso das edificações. Tudo fica por conta do profissional eletricista contratado. E é nessa situação em que ocorrem os maiores riscos para a segurança, não apenas do imóvel, mas principalmente para os indivíduos.
Instalações residenciais mal realizadas são, de acordo com a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), um dos principais fatores de incêndios e acidentes. De acordo com dados divulgados pela entidade (2016) ocorreram 171 mortes por esse motivo no Brasil, de um total de 599 por acidentes com eletricidade.
Para colaborar com conscientização das exigências estabelecidas por órgãos internacionais, a Nexans tem desenvolvido esforços no sentido de disseminar informações acerca da atitude correta no momento de iniciar uma reforma envolvendo energia elétrica, no sentido de se garantir a segurança.
1) Contrate um eletricista competente: um profissional com conhecimento da norma de instalações elétricas é fundamental para indicar o que pode e o que não pode ser feito. Outro papel exercido por este profissional é o suporte na escolha do material elétrico adequado. Escolher o material pelo preço ou pela aparência não é a forma correta para garantir a segurança dos usuários das instalações!
2) Nunca aumente a corrente do disjuntor sem trocar o cabo: Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga. Por isso, NUNCA troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente (maior amperagem) simplesmente. Como regra, a troca de um disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer, antes, a troca dos fios e cabos elétricos por outros de maior seção (bitola).
3) Considere as cargas que serão instaladas num futuro próximo: Os cabos que alimentam os quadros de distribuição (quadro de disjuntores) e os próprios quadros devem ter espaço de reserva para instalações de futuros equipamentos. Se já são conhecidos os equipamentos que serão instalados em um futuro próximo, estes equipamentos já devem ser considerados no momento da reforma, isto evita que na instalação do equipamento a instalação não esteja em condições de receber o equipamento e a fiação fique em sobrecarga.
4) Retire os cabos que alimentam os equipamentos desativados: Quando um equipamento é desativado, o seu cabo de alimentação deve ser desligado do disjuntor e retirado dos eletrodutos – um cabo energizado sem carga é um fator a mais para provocar incêndio ou choque elétrico.
5) Cuidado com as emendas dos cabos: Em uma pequena reforma, para inclusão de novos equipamentos, a ligação pode ser feita em circuitos existentes, emendando ou sangrando os cabos. Os cabos que são ligados devem estar de acordo com o disjuntor do circuito. Como critério geral, não se deve usar um cabo mais fino que o cabo existente.
6) Compre produtos certificados: A certificação do Inmetro nos produtos para uso de pessoas comuns é fundamental para a garantia da segurança das pessoas. É por isso que todos os produtos a serem instalados em locais de uso por leigos (que não são profissionais da área elétrica), a certificação elétrica é obrigatória.
Autor: João Cunha, engenheiro e consultor da Nexans Brasil
Website: http://nexans.com.br
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