Amarelo meadowlark é a aposta de cor do ano do Pantone para 2018
Ano chegando ao fim. Tão importante quanto comprar presentes, fazer listas de resoluções e seguir uma série de superstições é saber o que vem pela frente, certo? No que se refere à decoração e à moda, fica mais fácil saber: as tendências são anunciadas com uma certa antecedência. E foi o que aconteceu: as cores que estarão em evidência em 2018 já foram apresentadas para o mundo.
Quem faz as apostas é o Pantone Color Institute. A empresa cria catálogos de cores que são seguidos no mercado gráfico, da moda e do design. Existem outros órgãos que fazem um trabalho semelhante, mas o Pantone tornou-se a maior referência e entrou para a cultura pop – o modelo é usado até para padronizar as cores de bandeiras de países.
Desde 2000, o instituto anuncia sua cor do ano. Para isso, especialistas ficam atentos ao chamado zeitgeist – o espírito de um tempo – a fim de identificar os humores do mundo e suas nuances. São levadas em conta tendências em várias áreas, como entretenimento, cinema, turismo, artes, economia, moda, esportes, política, tecnologia… ou seja: o comportamento do mundo como um todo.
E eles costumam acertar: se hoje o rosa millenial e os pink flamingos inundaram vitrines, araras e perfis do Instagram, parte da culpa é do Pantone, que sintonizou a frequência dos jovens e apostou na tonalidade dois anos atrás.
Para 2018, a bússola está apontada para uma expressão pessoal mais colorida, com um sentimento de otimismo que está trazendo uma nova confiança. Os tons mais básicos continuam lá – até para servir de base às cores mais vibrantes e ousadas.
A cor eleita para representar o ano foi o amarelo meadowlark (nome de um passarinho do campo). Trata-se de uma tonalidade quente, vibrante, inspirada no eclipse solar ocorrido em agosto e espécie de sucessora natural do verde greenery deste ano.
Como apoio, surge o cherry tomato, um vermelho quase laranja. Já o little boy blue, um azul um pouco mais claro que o royal, se inspira em duas figuras: a princesa Diana, apaixonada por azul, e a primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, que usou um look da mesma cor na posse do marido. O chili oil é mais do que um marrom. Puxado para o bordô, a ideia é levar um tempero a mais para a primavera. O blooming dahlia não podia fazer mais referência à flor: é um rosa clarinho e delicado. O pink lavender não é tão pink assim: um lilás romântico. O arcadia é um verde azulado, talvez o resquício mais próximo do greenery do ano anterior. O ultraviolet é escuro, mas está longe de ser tenso. O empredador é um marrom terroso e neutro, inspirado em “Game of Thrones”. O almost mauve faz referência às pétalas usadas nos desfiles da Versace. O spring crocus é um magenta que eleva o millenial pink à enésima potência. Por fim, o lime punch é um amarelo turbinado com um toque neon, meio marca-texto, que sinaliza uma mudança em gostos estéticos.
Além dessas doze cores, a palheta inclui quatro tonalidades mais neutras, de apoio: sailor blue (azul-marinho), harbor mist (cinza-claro, levemente azulado), warm sand (bege) e coconut milk (branco).
As cores foram apresentadas. Depois de procurar calma no refúgio da natureza com o greenery, é hora de sonhar nas asas de um passarinho.