Em quatro anos, a procura na internet pela expressão “quarto montessoriano” avançou 390%, de acordo com o índice de interesse do Google Trends: foi de 10 pontos entre 6 e 12 de abril de 2014 para 49 entre 8 e 14 de abril de 2018. Um levantamento realizado pela Meu Móvel de Madeira, empresa de móveis e decoração, confirma a tendência de alta. Comparadas as pesquisas pelo termo “montessori” no site da marca, houve um aumento de 211,84% entre o primeiro trimestre de 2017 e o mesmo período de 2018. Eles também revelaram que no ano 2017 foi investido cerca de 230 mil reais em móveis inspirados no método.
Esses números demonstram que as famílias brasileiras abriram os olhos para um método pedagógico em vigor há mais de um século. E combinam com os dados da Organização Montessori do Brasil (OMB), que em 2014 contava com 27 escolas associadas em 10 estados (segundo reportagem de 26 de março daquele ano no portal de notícias Terra) e hoje congrega 53 instituições em 17 unidades da federação. “Um dos motivos [para o aumento do interesse pela metodologia] é a busca por uma educação que corresponda aos conhecimentos trazidos pelas neurociências, que se coadunam com a proposta de educação da doutora Maria Montessori”, justifica Sonia Maria Braga, presidente da OMB.
Não é preciso frequentar uma instituição de ensino seguidora dos preceitos da educadora italiana Maria Montessori (1870-1952) para que os pequenos usufruam um pouco de sua filosofia, a qual entende que o ser humano resulta de um processo de autoconstrução. A pais e educadores cabe a função de “perceber a criança em suas diferentes etapas, para que não se percam as oportunidades de colaborar para seu perfeito desenvolvimento”, segundo a especialista.
Montessori em casa
O quarto infantil tem de ser agradável e atraente, porém não apelativo. E, ainda que nunca deva ser transformado em sala de aula, como adverte Sonia Maria, pode incorporar ideias em sintonia com a filosofia Montessori, a exemplo de oferecer bastante área livre para o bebê se movimentar e ir em busca do que chama a sua atenção. Enquanto os tons recomendados são os claros, que acalmam, o material preferido é a madeira, sempre com cantos arredondados. Ou seja, o ambiente ideal é acessível, seguro, tranquilo e bem organizado, estruturado para atender às necessidades que vão surgindo. “O adulto não deve se antecipar às ações que o filho já demonstre ser capaz de executar, para que não o torne dependente. A autonomia é uma conquista que se faz na mesma proporção em que existam as oportunidades de atuar no ambiente”, afirma Sonia Maria.
Tudo deve ficar na altura do bebê, acessível a seus olhos e mãozinhas. “O quarto é simples”, afirma Elizabeth Fassa, coordenadora pedagógica do Centro de Estudos Montessori Brasil, do Rio Grande do Sul. “Temos o colchão no chão [ou sobre uma base fininha]; um tapete na área de brincar, com um espelho ao lado; três brinquedos ou livrinhos em uma prateleira baixa; um quadro também na altura da visão; poltrona; guarda-roupa baixo e aberto; cômoda com espelho na parede para o bebê se ver enquanto a mãe troca sua fralda”, orienta Elizabeth. Com o tempo, os itens do dormitório são elevados e ganham a companhia de outros, como mesa e banco baixos, além de uma estante para organizar os brinquedos em nichos ou cestos leves – nunca de plástico.
E aqueles mimos decorativos que as mães gostam de incluir no quarto, sempre pensando em proporcionar o máximo de estímulo? “A criança, desde os primeiros meses, vai percebendo o ambiente à sua volta. O que se coloca como estímulo visual deve vir em pequena quantidade, evitando-se sempre o excesso que gera confusão mental”, alerta Sonia Maria. Quando o bebê perde o interesse pelos objetos disponíveis, como móbiles, argolas e guizos, é hora de substituí-los. Assim a criança constrói os próprios conceitos a respeito do que a cerca, conquistando autonomia de movimento e de pensamento.
Móveis que acompanham o desenvolvimento
Nada mais acertado que dar aos pequenos poucas opções a fim de que eles desenvolvam sua capacidade de escolha. “São três ou quatro roupas penduradas na altura dos olhos para que a criança pegue a que desejar”, destaca Elizabeth. Mas aí entra a questão financeira: a maioria dos pais não tem condições de adquirir móveis que logo terão de ser substituídos. “Por isso nossos armários infantis sempre incluem prateleiras e gavetas baixas: enquanto a criança não alcança o cabideiro, as roupas ficam nos níveis inferiores. E os puxadores têm contornos fáceis de manipular e atraentes”, diz Ronald Heinrichs, CEO da Meu Móvel de Madeira , citando a Arara de Roupas Infantil e o Guarda-Roupa Infantil Sem Portas.
A marca, que atua no comércio on-line, oferece produtos (https://www.meumoveldemadeira.com.br/lp/quarto-montessoriano) inspirados na metodologia montessoriana, porém adaptados ao perfil do consumidor. “Mães e pais costumam ser superprotetores no Brasil. Por aqui, poucas mães encaram com tranquilidade a ideia de deixar o bebê dormindo em um colchão sem nenhuma proteção lateral. Isso nos levou a pensar em camas baixas que contam com pequenos anteparos ou grades, como as Camas Infantis Casinha, Abraço de Urso e Nuvem”, explica Heinrichs. Em geral esses protetores são removíveis, assim como pés podem ser acrescentados de modo que as camas sejam usadas de 0 a 12 anos. “Se por um lado nosso mobiliário não segue rigidamente os critérios montessorianos, por outro familiariza o público com a ideia de permitir à criança mais autonomia.”
Sobre a Meu Móvel de Madeira
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