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Conheça a história de quatro estampas clássicas

Estampas, estampas e mais estampas. Parte do charme de decorar com tecidos (ou papéis, em alguns casos) é a possibilidade de explorar as diferentes padronagens que o material permite. Algumas são passageiras, enquanto outras superam o tempo e se tornam clássicas de todas as épocas. Hoje, o que mais vemos são folhagens tropicais e formas geométricas, mas é sempre bom conhecer os clássicos que podem auxiliar para mudar os ambientes. O Lar Center Inspira separou alguns que não envelhecem nunca – e que são cheios de história para contar.

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XADREZ
A estampa até remete ao quadriculado do jogo de xadrez, mas a história vai bem além. A origem remete aos tartãs dos celtas, um tecido de lã de trama fechada e gramatura leve, com listras que se cruzam criando os quadrados sobrepostos e que se tornaram um clássico.

Na Idade Média, tartãs de diferentes cores eram usadas para identificar os clãs escoceses – e, em alguns casos, se tornaram símbolo de rixas políticas, tanto que chegaram a ser proibidos por um tempo (o que, ironicamente, só fez com que ficassem ainda mais populares).

De identidade nacional escocesa, a estampa se popularizou e foi incorporada à cultura e à contracultura: na década de 1970, os punks incluíram elementos xadrezes em seu visual para ironizar tradições e lutar por mudanças comportamentais.

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PIED DE POULE/PIED DE COQ
Um pé de galinha pode não ser tão assustador assim – e é isso que “pied de poule” significa em francês. A diferença dele para o pied de coq (“pé de galo”) é o tamanho: o primeiro é miudinho, enquanto o segundo é bem maior.

Ele surgiu a partir de diferentes combinações da trama (fio horizontal) e da urdidura (fio vertical) no tear, até formar essa que se tornou uma estampa clássica.

Antes restrito à alfaiataria masculina, foi na década de 1920 que o pied de poule chegou às peças femininas pelas mãos da revolucionária Coco Chanel e seus tailleurs elegantérrimos.

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ARGYLE
Lembra que o xadrez era uma forma de identificar os clãs escoceses? Então. O clã Campbell de Argyll era identificado com um xadrez de losangos (verdes e brancos, no caso).

Clássico quase desde a sua criação, o argyle tem um quê de sisudo, que até lembra uniformes de internatos tradicionais. De tão vintage, passou um tempo tendo pecha de cafona e antiquado, até que foi adotado pelos hipsters em sua busca por uma estética analógica e longe do frisson da tecnologia.

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LIBERTY
O empresário Arthur Lasenby Liberty desenvolveu para a sua então recém-aberta loja de tecidos, no fim do século 19, uma estampa delicada, com inspiração no art nouveau e nos itens que importava do Oriente.

A loja Liberty existe até hoje em Londres e é uma referência fashion, com estampas que vão bem além de florzinhas delicadas. Mas informalmente, o nome acabou servindo de referência para essa estética pra lá de atemporal.

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