Programa “Mulheres no Jogo” leva aluna da Fatec à Alemanha

Projeto incentiva profissionais mulheres do setor de games a viver experiência no mercado alemão; selecionadas embarcam em abril

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Aos 22 anos, Caroline Amaral foi uma das escolhidas pelo programa “Mulheres no Jogo”
SB post

A estudante do curso superior tecnológico de Jogos Digitais da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Caetano do Sul, Caroline Amaral, foi selecionada para viver uma aventura no mercado de jogos da Alemanha. Graças ao projeto “Mulheres no Jogo”, a jovem vai mergulhar no dia a dia de um estúdio de desenvolvimento de games no país.

Desde pequena, Caroline é apaixonada por tecnologia. “Aproveitava as horas livres para jogar ou ler sobre o desenvolvimento dos meus jogos favoritos. Com o tempo, passei a me interessar por criação, o que me levou a trabalhar na área”. Hoje, aos 22 anos, está no último semestre do curso e trabalha como artista 2D no Kinship Entertainment, estúdio independente com sede na capital.

O projeto “Mulheres no Jogo”, promovido pelo Goethe-Institut São Paulo, escolheu profissionais do gênero feminino, brasileiras e alemãs, para compartilhar experiências e criar contatos entre desenvolvedoras de games. O programa também trará cinco alemãs da área para a capital paulista.

Caroline e as outras brasileiras embarcarão para a Europa no final de abril. Chegando lá, as integrantes  irão participar de workshops e atividades voltadas à criação de games. “É uma oportunidade que permite meu aprimoramento pessoal e profissional. Além da imersão em outra cultura, poderei observar a atuação de profissionais de outro país e aprender com eles, conhecer como diferentes aspectos sociais podem influenciar o desenvolvimento de games”, disse a aluna.

O coordenador do curso de Tecnologia em Jogos Digitais da Fatec, o professor Alan Henrique Pardo de Carvalho, parabeniza a conquista de Caroline e ressalta a importância de a estudante levar o nome da instituição mundo afora. “É muito gratificante saber que nós pudemos contribuir para sua formação profissional. É uma vitória para ela e para a Fatec”, afirma Pardo.

O mercado de jogos, bem como outras áreas da tecnologia, ainda é composto em sua maioria por profissionais do gênero masculino. Por isso, a iniciativa é necessária para fazer com que o número de mulheres cresça dentro do setor.

“As pessoas estão se conscientizando mais sobre a importância da diversidade e presença feminina na criação de jogos. Com incentivo, cada vez mais mulheres apresentam interesse pela área de desenvolvimento”, comemora Caroline.

A estudante, assim como o professor, comentaram sobre o crescimento do número de mulheres dentro do curso da Fatec nos últimos anos. “Quando comecei, era a única mulher da minha sala. Com o passar do tempo e a entrada de novas turmas, cada vez mais meninas buscam estudar jogos”, revela a estudante.

O projeto tem apoio da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), da fundação Stiftung Digitale Spielekultur e patrocínio do Ministério Alemão das Relações Exteriores.

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