Unicamp lidera ranking nacional de patentes depositadas em 2017

Estudo do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual mostra desenvolvimento de pesquisas inéditas na instituição

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A Universidade de Campinas (Unicamp) alcançou o primeiro lugar com o maior número de patentes depositadas em 2017 em todo o país, totalizando 77 pedidos. De acordo com o estudo divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), a instituição também tem participação no desenvolvimento de outras três tecnologias depositadas junto ao órgão.

No ano passado, a universidade conquistou o segundo lugar no ranking nacional, com 62 pedidos. Para o diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, Newton Frastechi, a conquista foi possível devido à cultura de inovação entre docentes e pesquisadores da Unicamp, assim como as boas práticas ligadas à propriedade intelectual realizadas pela Inova.

“Essa liderança demonstra a nossa capacidade de transformar invenções e resultados de pesquisas em propriedade intelectual, que se torna, de fato, um bem da universidade a ser transferido para o mercado, transformando-se em um produto que vai beneficiar a sociedade”, afirma.

O trabalho é importante para demonstrar a sinergia dos membros da entidade em relação aos desafios tecnológicos enfrentados pelas empresas. Mais do que isso, essa colocação mostra que a universidade está desenvolvendo cada vez mais pesquisas inéditas.

Na opinião de Patrícia Leal Gestic, diretora de Propriedade Intelectual da Inova Unicamp, o resultado do INPI é importante porque a Propriedade Intelectual tem relação direta com a inovação e, consequentemente, com o desenvolvimento dos países. “Os países com maior número de patente são, justamente, aqueles de primeiro mundo”, aponta.

No ranking de 2017, também figuram, respectivamente, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Paraíba e Universidade de São Paulo (USP).

“Eu sempre ressalto que, por exemplo, dentre as 10 maiores patenteadoras do Brasil, em 2016, 9 eram universidades públicas. A gente espera que a indústria, setor responsável pela produção, desenvolva um número maior de inovações tecnológicas, o que acontece, por exemplo, nos Estados Unidos”, ressalta Frateschi.

No geral, houve aumento significativo também no número de patentes depositadas por empresas nacionais. Em comparação com o cenário internacional, o ranking é liderado por duas empresas norte-americanas, que, segundo ele, se mostram dispostas em fazer negócios e apostam no nosso desenvolvimento socioeconômico.

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