Projeto piloto proposto pela Secretaria de Educação de Arujá, a implantação de mesas digitais nas unidades de ensino da rede municipal está ajudando a fortalecer o processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Dona Maria Raimunda dos Santos, no Bairro Limoeiro.
No início deste ano, a unidade foi contemplada com a amostra de uma mesa digital que já está fazendo a alegria das crianças, envolvendo-as em todas as atividades propostas. De acordo com os educadores, os pequenos de certa forma já nascem familiarizados com os meios digitais e o acesso a esta tecnologia deve ser usado a favor da educação desde o início de sua trajetória escolar.
A mesa interativa faz parte da realidade em países de primeiro mundo e em mais de duas mil escolas públicas e particulares brasileiras que privilegiam o investimento educacional na primeira infância.
De acordo com o vice-prefeito e secretário de Educação, Márcio Oliveira, que visitou a unidade esta semana ao lado da diretora Maria de Lourdes Santos Silva, as mesas usam tecnologia de ponta para auxiliar na alfabetização, ensino de matemática e línguas estrangeiras, entre outras funções.
“A partir de atividades simples, como encaixar blocos coloridos com as letras do alfabeto ou criar historinhas com fantoches, o aluno aprende a reconhecer letras, construir palavras, associá-las ao seu significado, ler, escrever, interpretar textos, além de desenvolver outras habilidades fundamentais, como criatividade, coordenação motora e resolução de problemas”, disse.
O equipamento destinado à unidade é voltado para crianças com idade entre zero e 3 anos e pode ser usado por até seis pessoas ao mesmo tempo, trabalhando com realidade aumentada e recursos de aprendizagem colaborativa, incentivando assim a socialização.
A mesa é composta por módulos eletrônicos e atividades interativas multimídia desenvolvidas para a aprendizagem de conteúdos de diversas áreas do conhecimento, possui mais de 1.800 vocábulos e 1.100 imagens, fábulas, provérbios, cantigas de roda, trava-línguas, jogos e outros aplicativos. No entanto, este universo pode ser expandido por meio da inserção de textos, palavras, imagens, sons e vídeos.
Inclusivas, as mesas foram pensadas para atender também alunos com necessidades especiais. Os pequenos com dificuldades auditivas ou visuais contam com recursos como leitura em Libras, lupa, navegação pelo teclado e cubos em Braile.
A diretora da unidade, Maria de Lourdes, afirmou que todo o trabalho com tecnologia precisa ser pensado juntamente com a equipe pedagógica, e enxerga o potencial da mesa em unir diversas áreas de estudo, de conhecimento de mundo, visando o objetivo final da alfabetização: “Os professores perceberam que a ferramenta foi uma maneira de fazer as crianças trabalharem em conjunto. E a novidade tem um estímulo diferente. O desafio que a mesa representou foi uma maneira de construir a autoestima”, conta. Além disso, ela aponta que é interessante para o desenvolvimento da identidade da criança, de modo que ela seja a protagonista do processo educacional.
Um processo licitatório objetivando a aquisição de mesas digitais para as outras unidades de ensino do município foi aberto em meados do ano passado, e continua em trâmite.
Márcio afirmou que espera que ele seja finalizado em breve e que todas as unidades possam ser contempladas. “Nosso objetivo é investir de forma mais robusta no ensino infantil, sobretudo porque buscamos recursos federais para ajudar a custear estas possíveis aquisições”, finalizou.