Câncer de pele: especialista da USP indica que cuidados devem ter início na infância

Para evitar a doença, pais devem estar atentos à exposição dos filhos ao sol

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Além da exposição solar prolongada durante a vida, outro fator de risco é pele clara, que apresenta menor proteção natural.

Um país tropical está repleto de vantagens para todos os lados: seja pelas belas praias ou frutas mais saborosas, o sol traz muitos benefícios para a vida em geral. Porém, um aspecto preocupa especialistas: a alta incidência de câncer de pele. E pra quem acha que esse é um problema apenas dos mais velhos, fica o alerta: a doença é resultado da exposição aos raios ultravioleta (UV) ao longo dos anos.

Em entrevista à Rádio USP, Cacilda da Silva Souza, professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e coordenadora do Ambulatório de Tumores Cutâneos do HC, indica que a doença tem acometido pacientes cada vez mais jovens. O histórico de exposição e os hábitos ao longo da vida são marcantes para o desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é essencial que as crianças tenham o cuidado adequado desde cedo.

Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer, é preciso evitar o sol das 10h às 16h. Se houver necessidade de exposição, aconselha-se o uso filtro solar com fator 15, no mínimo, assim como o uso de óculos com proteção UV, bonés e roupas adequadas. A especialista da USP aponta que nenhuma medida é 100%, por isso recomenda-se o uso de várias delas para garantir a saúde da pele. Locais com sombra também ajudam nesse sentido.

Além da exposição solar prolongada durante a vida, outro fator de risco é pele clara, que apresenta menor proteção natural. Já as pessoas de pele negra têm maior proteção devido à melanina, mas também devem se proteger em períodos longos e horários inapropriados sob o sol. Áreas com alta incidência de radiação UV, como as litorâneas, junto a certos hábitos durante o verão, aumentam o risco de a doença ocorrer mais cedo.

Mas não se esqueça: o sol é saudável e necessário para estimular a produção de vitamina D. Ou seja, uma exposição breve, de 10 minutos a meia hora, é mais do que recomendada. Aproveite os períodos da manhã e fim para fazer aquele passeio com as crianças. A família toda sai ganhando.

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