Aditivos cristalizantes da Penetron recuperam a maior barragem de Pernambuco

O surgimento de fissuras ameaçava a segurança estrutural da barragem.

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Em 2017, a Barragem de Jucazinho, no Agreste de Pernambuco, passou por obras de renovação e reparos essenciais, depois de identificadas fissuras na estrutura de concreto. Uma gama de produtos cristalizantes Penetron foi utilizada para garantir uma estrutura de concreto impermeável e durável. Construído em 1998, é o maior reservatório de Pernambuco, com 70 m de altura e 430 m de largura. Responde pelo fornecimento de água para cerca de 800 mil pessoas de 15 municípios da região. Mas, no início de 2016, a barragem entrou em colapso, em decorrência da pior seca dos últimos 60 anos no estado. Agora, preparada para o período de chuvas, atingiu em abril último 6,2 milhões m³, da sua capacidade total de reserva de 327 milhões m³.

“O clima muito seco e as chuvas esporádicas causaram muitas infiltrações pelas fissuras e juntas da estrutura de concreto da barragem, que foi deteriorando e apresentando descamação parcial de suas superfícies”, conta o engenheiro Cláudio Ourives, diretor-executivo da Penetron Brasil. Assim que as chuvas retornassem, a estrutura desidratada poderia se romper, pondo em perigo a cidade vizinha de Surubim e até mesmo inundando Recife, a 124 km de distância. O que se configurava como ameaça para mais de três milhões de habitantes.

O diagnóstico foi feito em 2013 pelo governo estadual, em relatório que recomendou a reparação dos muros de concreto e das galerias de drenagem da barragem. “As fissuras foram encontradas na estrutura da barragem durante as inspeções. A barragem realmente precisa de um extenso reparo e renovação”, disse, na época, Roberto Tavares, presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

Os especialistas da Penetron Brasil trabalharam com o Departamento Nacional de Armazenamento de Água (DNOCS) para encontrar uma solução adequada de reparação e renovação. “Fizemos cuidadoso exame das paredes de concreto danificadas e das galerias de drenagem. Optamos por sistemas projetados para garantir uma aplicação eficaz, com excelente aderência do material projetado, bem como outros tratamentos por cristalização superficial aplicados por pulverização”, explica Ourives.

Soluções

Os trabalhos de restauração começaram em janeiro de 2017. Para selar as fissuras e reduzir a permeabilidade da superfície, as paredes de concreto foram tratadas com uma combinação de produtos. Foram o PenetronInject Flex, resina de poliuretanto flexível; Peneseal Pro, selante líquido aplicado por pulverização; e Patchline SM, argamassas cimentícia modificada por polímero.

A injeção da resina PenetronInject Flex foi usada para selar 6 mil m de juntas de concreto. Já o Patchline SM foi aplicado em mais de 20 mil m² das paredes da barragem, com uma espessura de 2 cm. E o PenetronAdmix foi adicionado ao concreto projetado para melhorar o desempenho do concreto e impermeabilizar as galerias de drenagem.

Concorreu para a escolha dos produtos cristalizantes da Penetron o fato de não serem tóxicos e isentos de compostos orgânicos voláteis (COVs). Solução ideal para um reservatório que fornece água para a população. “Renovada, a barragem de Jucazinho está pronta para a água!”, comemora Cláudio Ourives.

Projeto

O projeto de recuperação da Barragem de Jucazinho foi desenvolvido pela JLC Engenharia de Projetos e Consultoria, contratada pela Concrepoxi Engenharia, de Recife. Seu diretor, o engenheiro Luiz Eduardo Cardoso, projetista de estrutura de concreto armado e protendido, explica que as estruturas fundamentais recuperadas foram as de paramento – parede vertical com variação de seção de 80 cm de espessura até 60 cm na crista da barragem.

“Havia um problema muito severo de lixiviação e carbonatação. O concreto compactado a rolo (CCR) do núcleo da barragem se mostrava altamente permeável e o conjunto manifestava uma série de infiltrações muito nocivas. Havia grande concentração de umidade, inclusive no túnel de inspeção para acesso ao sistema hidráulico”, diz.

O projeto contemplou a recuperação do paramento e, também, da base da barragem, o que foi feito com de estacas injetadas. Já a recuperação do substrato foi um grande desafio pela dificuldade de acesso e pelo trabalho realizado em temperatura altíssima que chegava a 50 ºC e com vento. Daí, a necessidade de especificação de um produto que pudesse ser ensaiado em laboratório, simulando o microclima local. A JLC Engenharia definiu a metodologia e o laboratório para os ensaios, que foi o Holanda Engenharia.

“A melhor solução foi o Peneseal Pro, selante líquido da Penetron, para não só reduzir a permeabilidade do concreto, mas também toda a parte de reação dos silicatos com a pasta de cimento”, diz o engenheiro, explicando que o processo de lixiviação rouba hidróxido de cálcio não estáveis do cimento, gerando a carbonatação. Era preciso, ainda, recuperar o pH e criar uma estrutura que pudesse suportar toda ação da pressão hidrostática, garantindo permeabilidade zero à estrutura.

As juntas longitudinais chamadas Fungenband foram substituídas por juntas em Ómega, que também eram pontos críticos de grande concentração e infiltração de água sob pressão. Além do tratamento do substrato, foi preciso atuar dentro do túnel. Em alguns trechos, o teto dessa galeria, estruturado a partir do CCR, já tinha desabado por processo de corrosão e falta de armaduras principais. Ele foi totalmente recuperado e as ancoragens refeitas.

“Utilizamos na reconstituição dessas seções, concreto projetado aditivado com o cristalizante PenetronAdmix. Esse cristalizante, além de se incorporar à estrutura do concreto, cria um sistema de impermeabilização e de proteção da armadura contra agentes agressivos, evitando novas corrosões. O trabalho ficou muito adequado, porque havia vários veios de infiltração de água. O emprego do cristalizante associado a injeções de poliuretano trouxe resultados muito satisfatórios”, comenta.

Avaliações pós-obra indicam que houve uma melhora significativa do comportamento da barragem, tanto estrutural quanto da sua vitalidade. “Isso é uma vitória”, conclui Luiz Eduardo Cardoso.

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