GROOMER: profissão que se destaca no mercado pet e ainda carece de profissionais capacitados

Apesar de registrar crescimento constante, segmento ainda apresenta número insatisfatório de profissionais especializados.

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A primeira e mais importante dica é que o profissional busque se capacitar e fazer cursos de especialização

Groomer é uma palavra em alta no mercado pet. Mas você está por dentro das características e da importância desta profissão? Na realidade, groomer é a denominação na língua inglesa para tosador. Ou seja, groomer e tosador, basicamente, são a mesma coisa e envolvem banho, tosa, estética e saúde preventiva do animal. Apesar da tradução literal da palavra, muitos creditam groomer apenas para profissionais com títulos de reconhecimento e vitórias em competições, quando na verdade este é um mito. Há groomers com maior conhecimento e outros com menor.

Dada esta informação, você deve imaginar que o mercado pet está superlotado de groomers e tosadores, mas a realidade é bem diferente. O que vemos hoje é um baixo número de profissionais devidamente capacitados e cientes de informações importantes sobre saúde animal e especialização em cortes específicos. Por isto, a PET South America vai apresentar algumas dicas e apontar tendências a serem exploradas para que você se destaque da concorrência e tenha um futuro brilhante neste segmento que apresenta crescimento anual constante.

A primeira e mais importante dica é que o profissional busque se capacitar e fazer cursos de especialização. Nada mais valioso no mercado do que ter um nome reconhecido pelo talento. E isto só é possível com acesso à informação, experiência e treinos. Segundo Waldecir Silva, Coordenador de Programas Educacionais da Pet Society e especialista na área há 15 anos, “muitos profissionais se destacam em uma rede social, mas logo somem do mercado, tem uma carreira meteórica. A melhor dica é o conhecimento. Você, naturalmente, vai se destacar quando fizer o “diferente” e o “melhor”. Saia do comum e leve seu conhecimento como maior diferencial”.

Waldecir Silva, Coordenador de Programas Educacionais da Pet Society

A educação e a capacitação profissional são fundamentais, não somente no início da carreia, mas durante todo o tempo de atuação no mercado, pois sempre surgem novas demandas, tecnologias e inovações. Por isto, é importante buscar informação e estar atualizado com os comportamentos de compra de seu cliente e suas necessidades. Waldecir complementa que “para quem está começando é muito mais fácil, pois as informações estão muito mais disponíveis e acessíveis. Cursos de raças específicas ou sobre conhecimentos de estrutura são importantes tanto quanto cursos de tosa”.

O segundo conselho é a valorização do conhecimento e da profissão. O groomer é muito mais do que somente a parte estética. A tosa higiênica ou corte específico proporcionam bem-estar animal, contendo a queda de pelos provocada por nós, diminuindo o calor, cuidado com a pele, unhas bem cortadas evitando machucados, orelhas limpas e sem doenças, entre outras dezenas de benefícios. Além disso, também é responsável pela saúde preventiva, já que está em contato direto com o bichinho e pode encontrar, antes do tutor ou do veterinário, feridas e doenças de pele durante o banho. Os profissionais devem desenvolver uma boa relação com o dono do animal, perguntar sobre alergias ou problemas recentes de pele para que o trabalho não seja afetado e não tenha surpresas durante a tosa.

É importante explicar também as doenças que podem ser desenvolvidas com profissionais não capacitados e um trabalho ruim, como a alopecia pós tosa, que proporciona uma série de problemas com o crescimento do pelo. A falta de higiene com os aparelhos, o corte errado das camadas de pelo e as peculiaridades de cada raça podem minar a carreira de um groomer. Estes são conceitos básicos, mas que percebemos diariamente em pet shops e locais de tosa. Por isto, se especialize e valorize seu conhecimento. Estas informações são fundamentais para a “venda” do serviço. E a terceira dica gira exatamente em torno do preço cobrado pela mão de obra.

Atualmente, os tutores estão mais exigentes e dispostos a pagar preços mais altos, desde que se sintam seguros de que o animal está em boas mãos. É como uma mulher pagar mais caro por um corte de cabelo ou o homem pela barba com um profissional confiável. Nem sempre o mais barato é mais vantajoso. Busque manter a média do mercado, mas faça um atendimento de qualidade tanto ao animal quanto ao dono. O bom serviço e a confiança contam mais do que o valor simplesmente. Após o balanço dos custos, se ele ficar muito alto, busque alternativas mais em conta, como a troca de aparelhos ou de fornecedor de produtos, e desenvolva o seu diferencial. Isto fará com que você se destaque da concorrência, tenha uma margem de lucro boa e consiga fidelizar o cliente.

A quarta dica é cuidar da sua reputação em redes sociais e páginas de animais. Com o fácil acesso à informação, os tutores buscam opiniões de conhecidos e reputações na internet para se certificar que o seu bichinho estará em um local de qualidade. Problemas sempre podem aparecer, mas dê atenção ao cliente e busque resolver, da melhor maneira para ambos, a situação. Estar disponível, ser atencioso e dedicar alguns minutos para conversar com o tutor podem ser considerados grandes diferenciais nesta rotina corrida e digital. O cliente precisa se sentir importante e especial.

Mercado
Mantenha-se de olho nas tendências de mercado, que são muito versáteis e mudam constantemente. Atualmente, o destaque vai para tosas específicas de Spitz Alemão, Schnauzer, Lhasa Apso, Poodle, Shih-tzu, Maltês e Yorkshire. Mas o segmento que promete crescer nos próximos anos é a tosa em gatos. O aumento da procura pela tosa destes animais está diretamente ligado ao crescimento do número de lares brasileiros com a presença de felinos.

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil tem a segunda maior população de pets do mundo, com 22,1 milhões de felinos e 52,2 milhões de cachorros. A população de gatos se multiplica em maior proporção e deve predominar em menos de dez anos. A experiência com o tosador deve ser tranquila para não traumatizar o animal. Segundo Waldecir Silva, profissionais especializados em gatos ainda são poucos no mercado e esta é uma necessidade recente. “Tenho uma procura grande na minha escola de profissionais procurando trabalhar com estes animais”, explica.

Website: http://www.petsa.com.br

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