Educação infantil: o que fazer em cada idade

Cada etapa tem possibilidades e limites diferentes, que levam a responsabilidades diversas para pais e instituições de ensino

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Educação infantil: o que fazer em cada idade
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Regras, objetivos, deveres e possibilidades são questões importantes na educação infantil. Cada criança possui contextos e habilidades diferentes, por isso as etapas da infância que devem ser observadas e tratadas com o máximo de cuidado, para que haja um desenvolvimento correto e saudável.

Em cada idade, é importante exercitar determinadas capacidades , valorizando aquilo que a criança consegue fazer com facilidade e treinando o que ela tem mais dificuldade. Nesse contexto, a família e a escola têm um papel primordial, já que é com elas que a criança se desenvolverá na maior parte do tempo.

“Ambos são importantes e têm papéis complementares, cabendo a cada um saber entender, respeitar e alinhar aquilo que acontece no outro, para que a criança consiga extrair de cada contexto aquilo que irá contribuir para sua formação e para seu processo de desenvolvimento”, garante o CEO da ClipEscola Marcos Paulo Matias, que trabalha com o setor educacional há um longo tempo.

Há várias formas de categorizar e dividir as fases da infância. Uma das mais conhecidas e aceitas é a teoria dos quatro estágios de desenvolvimento intelectual infantil, do psicólogo suíço Jean Piaget.

Para ele, cada etapa possui aprendizados e destaques específicos, que devem ser vividos pela criança e monitorados pelos pais, para que existam as capacidades necessárias para avançar para a etapa seguinte. As etapas são: sensório-motor, pré-operatório, operações completas e operações formais.

Período sensório-motor

Entre zero e dois anos, a criança está descobrindo o mundo e a si mesma. Isso significa que ela ainda não tem conceitos formados ou conhecimento sobre o que está vendo, ouvindo, sentindo ou fazendo, já que está em contato com tudo isso pela primeira vez. Ainda não se formaram conexões suficientes para entender as coisas de modo mais geral.

Nos primeiros meses de vida, as ações e conexões são basicamente frutos de reflexos naturais, como amamentação e choro. Aos poucos, começam a existir reações mais avançadas, como atender a sons e imagens diferentes, agarrar objetos e movimentar o próprio corpo de maneira intencional.

Durante os primeiros meses de vida, a maior parte dos estímulos externos são feitos pelos pais. Depois, quando as crianças começam a frequentar creches e escolinhas, são estimuladas a conhecer novas sensações, texturas, sons, cores e outros elementos.

Período pré-operatório

A partir de dois anos, as crianças já sabem andar e falar, tendo mais controle sobre o próprio corpo e independência suficiente para conseguir entender tarefas mais complexas. Esse período é definido como pré-operatório, e vai até os sete anos.

Como já conhecem as coisas, as crianças acima de dois anos já demonstram preferência por objetos, pessoas, sons e brincadeiras. É nesse período que elas começam a dar nome para as coisas e expressar os pensamentos. Ele é marcado pelo desenvolvimento da linguagem e de representações que trazem conceitos para a realidade dos pequenos.

Além disso, as crianças também começam a entender os processos que veem, ficando curiosas sobre as causas ou detalhes – é a fase conhecida como a dos “porquês”.

Assim, é importante que a família comece a explicar para elas sobre valores e costumes, permitindo que entendam mais sobre o motivo das rotinas que vivem e da dinâmica que observam.

Nesse período, a criança começa também a desenvolver um senso de egocentrismo, e é preciso ensiná-la ativamente a conviver com outras pessoas em uma dinâmica respeitosa e agradável.

Cabe à escola o papel de apresentar novos conceitos e experiências, estimulando a construção do conhecimento e também de questões ligadas à alfabetização – como apresentação das letras, associação a fonemas – e noções matemáticas simples, como adição e subtração.

Período das operações completas

Entre sete e onze anos a criança já possui conhecimentos e conceitos suficientes para entender certas coisas sem que seja preciso representá-las..

Na instituição de ensino, ela já começa a aprender temas de disciplinas como geografia, história e ciências, bem como a socializar com outras crianças em um nível mais avançado. Respeito às diferenças, tolerância, compostura e apoio aos colegas passam, assim, a ser compreendidos.

É papel da escola ensinar isso em um nível institucional e social, e da família, em uma esfera mais pessoal, ligada aos contextos específicos em que os pequenos vivem.

Período das operações formais

Com idade entre oito e 16 anos, os indivíduos passam a viver experiências formais, se destacando dos roteiros imaginativos e teóricos para uma dimensão mais real. Assim, a escola deve fornecer a eles conceitos e possibilidades de raciocínio crítico, estimulando a abstração do pensamento e a liberdade de refletir e chegar a conclusões próprias.

Aos pais fica a tarefa de orientar os filhos para que estabeleçam conexões e desenvolvam opiniões morais esperadas para o convívio em sociedade.

Além disso, devem também ajudá-los a entender melhor as relações humanas, as diferenças que existem entre elas e a como discernir entre posicionamentos pessoais e conceitos e necessidades obrigatórias, como regras e leis.

Para entender mais sobre o que é esperado da escola na época em que vivemos, acesse o eBook gratuito “A Nova Escola” .

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