Arquiteta dá dicas para iluminar bem e viver melhor

A luz define o espaço arquitetônico, contribui para a sua percepção e compreensão ao mesmo tempo que agrega valor à sua função e traz um componente emocional para seus usuários.

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Se você está começando do zero ou reformando, um projeto de luminotécnica deve estar em seus planos.

Normalmente, nossas escolhas em iluminação são mais baseadas em preferência pessoal do que qualquer outra coisa. Tem aquele lustre que a gente gosta mais, a luminária de piso alta e imponente que tanto ilumina quanto decora, a fita de led no armário da cozinha para iluminar bem o preparo dos alimentos, o abajur no lugar certo ao lado daquela poltrona preferida para uma leitura bem confortável.

Uma boa iluminação faz a gente se sentir bem e nos acolhe no ambiente. Já ler com uma má iluminação pode causar fadiga ocular e dor de cabeça. Iluminar de forma incorreta o local de repouso pode confundir nosso ritmo circadiano, que toma conta do nosso relógio biológico, provocando insônia, ganho de peso e até algumas doenças que a ciência suspeita e vem estudando.

Se você está começando do zero com uma nova casa ou se está procurando adaptar o seu espaço atual para melhor atender às suas necessidades, um projeto de luminotécnica deve estar em seus planos.

Mas você também pode seguir estas dicas para otimizar a iluminação de ambientes e não apenas por uma questão de estética; mas para melhorar a sua qualidade de vida e a qualidade de vida de seus familiares e de todos os que frequentam a sua casa ou local de trabalho.

1. CAMADAS DE LUZ

Todo cômodo pode e deve ter camadas de luz. Luz ambiente, luz focal, luz em diferentes direções. E cada uma, ou cada conjunto delas, deve ter seu próprio interruptor. Não se esqueça disso! Só assim você pode ligar todas para ter um ambiente bem iluminado, ou só algumas para criar um efeito mais intimista ou decorativo.

2. A ESCOLHA DA LÂMPADA

A questão sobre a iluminação não acaba quando os pontos de luz são definidos no projeto. Há muitas opções de lâmpadas hoje em dia. E watts já não é mais um bom critério de escolha. Diferentes tecnologias usam diferentes quantidades de energia para produzir a mesma luz. E ainda que todos os critérios sejam idênticos, marcas diferentes podem produzir cores diferentes de luz.

3. FONTE DE LUZ

Só há uma boa solução de iluminação com o uso da fonte de luz correta. Uma vela é uma ótima ideia para iluminar uma mesa em um terraço de um restaurante tranquilo, enquanto um sistema óptico LED reflexivo é necessário para iluminar um estádio de futebol. Esta escolha depende sempre das necessidades visuais e das características dos espaços.

4. LÚMENS E KELVIN

Para saber o quão brilhante é uma luz, compare Lúmens. Mas se você quiser saber se ela é quente ou fria, procure a classificação Kelvin. Quanto mais quente, mais aconchegante fica o espaço. “Lâmpadas próximas a 2.700K são quentes e muito utilizadas em dormitórios e salas. Já nos ambientes onde o ideal é mais atenção e estímulo, a temperatura mais fria é a indicada (6.000k). E as lâmpadas neutras com temperatura intermediária (4500K) são utilizadas em lojas de roupas, espaços para maquiagens e até banheiros ou closets, pois são as lâmpadas que menos alteram as cores originais dos tecidos e objetos”, explica a arquiteta Juliana Distefano.

5. LUZ PARA DECORAR

Tecidos, carpetes e tapetes podem absorver a luz. A tonalidade da cor da parede muda ao ser iluminada. As superfícies lisas refletem mais luz do que superfícies rugosas, tornando-as mais claras e brilhantes. As superfícies ásperas absorvem mais luz, que as deixam mais escuras e menos intensas.

A luz define o espaço arquitetônico, contribui para a sua percepção e compreensão ao mesmo tempo que agrega valor à sua função e traz um componente emocional para seus usuários.

Um projeto de luminotécnica é um projeto feito por um arquiteto ou um design de interiores, em escala, que mostra a localização de cada interruptor de luz, a fonte de energia e a indicação dos modelos das luminárias. Já as tomadas entram no projeto de pontos elétricos.

“Nestes projetos, levamos em consideração diversos fatores como, por exemplo, o propósito de cada espaço, o gosto pessoal do cliente, os custos envolvidos e uma porção de coisas”, finaliza a arquiteta.

Website: http://jda.arq.br

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